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Quem Deveria Ter Levado o Oscar? Descubra os Favoritos do Público!

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Estamos na contagem regressiva para o Oscar 2025.

E com a expectativa agressiva pelas reais chances de o Brasil vencer.

Ainda Estou Aqui torcendo muito para que o filme de Walter Salles receba as duas estatuetas a que concorre: melhor filme e melhor filme internacional. E, claro, por Fernanda Torres como melhor atriz.

Claro que, se a academia não der dois dos prêmios para o Brasil, torço muito para que A Substância seja consagrado como melhor obra do ano passado (o filme é de 2024, apesar da cerimônia ser em 2 de março deste ano).

Já escrevi aqui que foi o melhor filme de terror do ano. Demi Moore, também, se não for Fernanda (batendo na madeira três vezes) a escolhida, tem a minha torcida como melhor intérprete.

O terror é um gênero escanteado pela academia de Hollywood. Muitos deles deveriam, sim, ter arrebatado a estatueta mais desejada do cinema como melhor filme.

Segue uma lista pra você concordar ou não comigo:

PSICOSE (1960)

Obra-prima de Alfred Hitchcock narra a história de Norman Bates, um homem perturbado pelo amor à mãe que se torna um assassino em série, eliminando pessoas que se hospedam em seu motel à beira da estrada. Psycho nem concorreu a melhor filme.

Em 1960, quando foi lançado, o vencedor do Oscar foi para Se Meu Apartamento Falasse, de Billy Wilder) – ótimo filme, mas alguém fala sobre ele hoje?

O EXORCISTA (1973)

Em 1973, William Friedkin adaptou para os cinemas o assustador livro de William Peter Blatty sobre a possessão de uma menina por demônios. Até hoje é o filme mais aterrorizante do gênero.

O vencedor em 1974 foi Golpe de Mestre, um filmaço que mostra a esperteza de um malandro. Mas até quem não assistiu a O Exorcista sabe do que se trata. Já o ganhador…

O ILUMINADO (1980)

Em 1980, o gênio do cinema se uniu ao gênio da literatura de terror para adaptar o livro sobre um escritor que se isola com a mulher e o filho num hotel durante o inverno. Jack Nicholson se transforma num louco insuperável ao conviver com os fantasmas do local.

Quem foi para casa cheio de luz foi Gente como a Gente, de Robert Redford. Um drama. Alguém lembra da história?

O SEXTO SENTIDO (1999)

Filme obrigatório não só para fãs de terror. A obra de M. Night Shyamalan é uma aula de plot twist, aquela virada no roteiro que surpreende a todos. A frase “Eu vejo pessoas mortas” saindo da boca de um menininho arrepia qualquer um até hoje.

O Sexto Sentido foi finalista, mas perdeu a estatueta de melhor filme para Beleza Americana. Sem dúvida, um filme de Oscar, mas que, a meu ver, fica bem longe da genialidade apresentada por Shyamalan.

OS OUTROS (2001)

Nicole Kidman, comandada pelo cineasta chileno-espanhol Alejandro Amenábar, interpreta a dona de casa que espera o marido voltar da guerra enquanto tenta manter a rotina dentro da mansão onde moram. É desses filmes que fazem o queixo cair com o final totalmente inesperado.

O vencedor em 2002 foi Uma Mente Brilhante, a história do matemático John Forbes Nash e sua luta contra a esquizofrenia. Russel Crowe estava em alta em Hollywood depois de O Gladiador. E repetiu o sucesso com esse drama. Os Outros, apesar de sair da mente brilhante de Amenábar, não concorreu a uma estatueta sequer.

CORRA! (2017)

Jordan Peele tornou-se, a partir deste filme, o queridinho dos amantes de um terror diferente. Com Corra!, indicado a melhor filme e vencedor de melhor roteiro, ele falou sobre o racismo de uma forma inteligente e surpreendente. No filme, o namorado negro vai conhecer a família da namorada branca e os eventos que envolvem esse encontro fazem com que o expectador perca todas as unhas da mão entre os dentes.

Na cerimônia de 2018, o premiado foi A Forma da Água, um conto lindíssimo de Guillermo del Toro. Mas eu daria o prêmio correndo para a obra de Peele.

Oscar 2025, o que vem por aí?

Eis que chega 2025 com A Substância. Bem no ano que tem Ainda Estou Aqui concorrendo.

Pra não deixar de ser torcedor brasileiro e não abandonar minha adoração pelo cinema do mal, vou fazer de conta que não só o filme americano, mas também o brasileiro, é, na verdade, um representante do terror.

Afinal, o que pode ser mais assustador que ter a polícia invadindo sua casa e levando seu cônjuge pra morrer após sessões de tortura?

Ficar viúvo de uma hora pra outra, ter de mudar de cidade, criar os filhos sozinho e não poder nem enterrar o corpo da pessoa que foi arrancada de teu convívio só porque pensa politicamente diferente de alguém com poder?

É… A Substância que me perdoe.

Mas a ditadura da beleza, por pior que seja, perde feio para o terror da ditadura do poder.

E do jeito que o mundo anda, Eu Ainda Estou Aqui com medo de quem um dia, essa história real volte a nos assombrar.

Que o prêmio brasileiro junte as mãos do mundo em aplausos e abra os olhos de quem ainda não está nem aí para o terror. Do cinema ou da vida.

Fonte: primeirapagina

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