Mundo

Protesto no Rio pede rompimento do Brics com Israel: saiba mais!

2025 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Um protesto na tarde desta segunda-feira (7), na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, cobrou o rompimento de relações diplomáticas, econômicas e militares do Brasil e do Brics com Israel. Organizado pelo Comitê de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino do Rio, o ato ocorreu durante o encerramento da 17ª Cúpula do Brics.

O comitê, que reúne partidos e movimentos sociais, rejeitou a declaração oficial do Brics por manter a defesa da solução de dois Estados, palestino e israelense, como proposta para o conflito. A coordenadora Maristela Santos Pinheiro argumentou que a proposta ignora décadas de violência contra os palestinos. “Os palestinos foram expulsos e assassinados para a criação do Estado sionista. Hoje, Gaza e Cisjordânia são bombardeadas e destruídas”, disse.

Ela defendeu a criação de um Estado palestino laico e democrático, aberto a todos os povos da região, sem expulsões. “Não queremos eliminar os judeus. Queremos um Estado para todos”, afirmou.

Apesar de integrar o Brics, o Irã divergiu publicamente do documento final. Em nota, o chanceler Seyed Abbas Araghchi chamou a solução de dois Estados de “irreal” e propôs um Estado único para muçulmanos, cristãos e judeus, criado por referendo popular com todos os habitantes originais da Palestina.

O rabino Yisroel Dovid Weiss, de Nova York, esteve presente para apoiar o protesto. Segundo ele, o sionismo seria um movimento político que subjuga outros povos. “Se opor à ocupação não é ser antissemita. É ser contra o projeto sionista do Estado de Israel”, declarou.

Eduardo Mariani, do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, também discursou, destacando que antes de 1948 havia convivência pacífica entre judeus e muçulmanos. Criticou o governo de Benjamin Netanyahu e relembrou a expulsão de 750 mil palestinos durante a fundação do Estado de Israel.

No documento oficial da cúpula, o Brics exige a retirada total de Israel dos territórios ocupados desde 1967, incluindo Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental. O Irã, embora signatário, mantém sua defesa de uma solução de Estado único.

Fonte: cenariomt

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.