“Agora ele vai poder estudar melhor e não sentir dor de cabeça”, contou emocionada Victória Aparecida Batista Ramos, mãe de Rafael, de 11 anos. O garoto, que já usava óculos, teve o antigo quebrado e a família não tinha condições de comprar outro. Ele é um dos 23 estudantes que receberam gratuitamente óculos de grau pelo Projeto “Ver Para Crescer”, realizado pela Fundação CDL Cuiabá em parceria com o Instituto Reação e outros parceiros como empresários do setor de óticas, oftalmologistas e profissionais da área de saúde.
Nesta primeira etapa, 115 crianças passaram pela triagem. Destas, 68 realizaram exames de vista, 11 foram encaminhadas ao oftalmologista e 23 receberam indicação de uso de óculos. O processo incluiu desde a avaliação inicial até a escolha do modelo e o acompanhamento especializado.
Para muitas famílias, o acesso ao cuidado oftalmológico parecia distante. “Se tivesse que pagar, não teria condições. Esse projeto ajuda demais”, afirmou Carmem dos Santos Conceição, avó de Hélio Márcio, aluna beneficiada no bairro Três Barras.
Situação semelhante viveu o senhor Jarbas Neves da Paixão, pai de Lourenço e Raví, de 10 e 8 anos, que já usava óculos. “Só para fazer os óculos novos gastaríamos em cerca de mil reais. E no projeto Ver para Crescer, tivemos a consulta e os óculo de graça. Isso é muito importante para nós”, disse.
Além da questão financeira, o impacto social é profundo. “Um simples óculos pode transformar a vida de uma criança. Já identificamos alunos que tinham baixa visão em um olho e nem sabiam. Isso interfere no aprendizado, no comportamento e até na autoestima”, explicou Priscila Mota Pacheco, coordenadora do Instituto Reação em Cuiabá.
O presidente da Fundação CDL Cuiabá, Marcos Fonseca, destacou a continuidade da ação. “A cada 90 dias iniciamos uma nova etapa do projeto. A próxima ação é no bairro Pedra 90. Seguiremos levando esse trabalho para outras comunidades. Enquanto a Fundação existir, o “Ver Para Crescer” também existirá”, disse, reforçando a importância de parceiros como o oftalmologista Marcel Leão e a empresa Óptica Cristal, representada por Manoel Procópio.
Mais do que oferecer óculos, o projeto devolve oportunidades. “É gratificante ver o brilho nos olhos dessas crianças e saber que têm melhores condições de aprender, brincar e sonhar”, concluiu Fonseca.
Fonte: cenariomt