Via @camaradeputados | O Projeto de Lei 2395/24 autoriza militares estaduais, ativos e inativos, a comprarem a mesma quantidade de armas, incluindo as de uso restrito, prevista para militares do ExĂ©rcito Brasileiro. A CĂąmara dos Deputados analisa a proposta, que altera a Lei OrgĂąnica Nacional das PolĂcias Militares.
Na pråtica, o projeto autoriza policiais militares da ativa ou inativos a comprarem até seis armas de uso permitido e cinco de uso restrito, que são as com maior potencial ofensivo. Atualmente, os policiais só podem adquirir quatro armas de uso permitido e duas de uso restrito.
Para o autor do projeto, deputado Coronel Ulysses (UniĂŁo-AC) nĂŁo existe justificativa para que os policiais tenham acesso a menos armas do que os membros do ExĂ©rcito. âO risco de um militar estadual sofrer um atentado contra a vida Ă© infinitamente maior do que um militar do ExĂ©rcitoâ, afirma.
Segundo o Atlas da ViolĂȘncia, em 2022, 139 policiais militares foram assassinados no Brasil, 105 estavam fora de serviço.
Coronel Ulysses destaca ainda que o militar estadual inativo estĂĄ sujeito a ainda mais riscos do que os da ativa. âEm face da atuação contra o crime, a simples passagem Ă condição de inativo nĂŁo exime o risco derivado de represĂĄlias impostas pelo crime organizado.â
PrĂłximos passos
A proposta serĂĄ analisada, em carĂĄter conclusivo, pelas comissĂ”es de Segurança PĂșblica e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela CĂąmara e pelo Senado.
Ulysses: policial militar corre mais riscos de sofrer atentado do que militares do Exército
Reportagem â Murilo Souza
Edição â Natalia Doederlein
Fonte:Â @camaradeputados