Christinny dos Santos
Única News
Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, o homem em situação de rua assassinado com um tiro no rosto pelo procurador da Assembleia Legislativa (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, na quarta-feira (9), em Cuiabá, sofria de transtornos mentais. O rapaz fazia tratamento desde os 4 anos de idade, mas depois de várias internações, ele desistiu do tratamento e deixou a casa da família.
O crime aconteceu por volta das 21h, na Avenida Edgar Vieira, popularmente conhecida como avenida da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Em uma Land Rover, Luiz Eduardo encostou em uma calçada, próximo de onde estava Ney, o chamou e, na sequência, efetuou ¨m disparo de arma de fogo contra a vítima, atingindo-a no rosto.
Ney realizava tratamentos de saúde devido a transtornos mentais desde os 4 anos de idade, mas quando chegou na juventude, ele passou a sair sozinho de casa e a andar pelas ruas quando tinha algum tipo de surto.
“Quando ele estava em crise, saía andando. Muitas vezes eu fui atrás, meu filho foi atrás para procurar e trazer para casa, para internar ele. Internamos [ele] muitas vezes. Internou em São Paulo, no Bauhaus. Internou em Goiânia, um ano e cinco meses, na Casa de Eurípides. Eu fui, acompanhei ele com ordem judicial de Cuiabá…”, contou Iracema Alves, mãe de Ney, à repórter Angélica Gomes, no programa Cadeia Neles, da TV Vila Real.
Durante uma das internações em hospital psiquiátrico no estado de São Paulo, Ney acabou fugindo e passou cinco meses perdido, momento em que começou a usar drogas. Depois de tantas intervenções, Ney acabou desistindo do tratamento, deixou a casa da mãe e passou a ficar nas ruas.
Além de atestar o transtorno mental, o laudo médico de Ney, datado de novembro de 2024, aponta que ele é totalmente incapaz e impossibilitado de exercer atos da vida civil.
Prisão
O procurador Luiz Eduardo se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde de quinta-feira (10). A defesa do servidor, patrocinada pelo advogado Rodrigo Pouso Miranda, alegou que o crime não foi execução, pois já existia uma situação anterior ao fato, isto posto que seu cliente já havia visto Ney momento antes, mas não o matou.
Além disso, Rodrigo Pouso alegou ainda que a vítima tinha um histórico de crimes, enquanto seu cliente seria “uma pessoa de bem, de família, trabalhadora”.
O inquérito policial ainda está andamento, no entanto, em coletiva concedida à imprensa, o delegado Edison Pick, que conduz a investigação, concordou que o crime não se trata de execução, devido à falta de elementos que caracterizem este tipo de crime. Mas, diz que o crime pode ter sido premeditado e, com as informações obtidas até o momento, o procurador responderá por homicídio qualificado por motivo fútil, emboscada e traição.
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Fonte: unicanews