O processo eleitoral da Federação Matogrossense de Futebol (FMF) sofreu nova suspensão nesta semana, após a Chapa Progresso no Futebol, encabeçada por Aron Dresch, ingressar com mais um pedido de liminar junto à Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA). A ação contesta a republicação do edital feita pela Comissão Eleitoral da entidade, ainda que prevista no estatuto da FMF.
A decisão de republicar o edital foi tomada em reunião no dia 25 de junho, após a Comissão Eleitoral reassumir suas funções com o encerramento da intervenção judicial anterior. O novo documento trazia um cronograma atualizado para registro de chapas, análise de candidaturas, prazos para impugnações e homologações.
De acordo com o interventor nomeado pela CBF, Luciano Hocsman, a republicação foi necessária para restabelecer a normalidade do processo, considerando o tempo perdido com a intervenção e as dificuldades operacionais enfrentadas. Hocsman assegura que a medida está amparada pelo estatuto da federação e foi conduzida com total transparência.
A Comissão Eleitoral também destacou que o novo calendário leva em conta a atual estrutura administrativa da FMF e a disponibilidade dos membros envolvidos na condução do processo.
Com a nova liminar protocolada pela Chapa Progresso no Futebol, todo o processo volta a ser paralisado. A continuidade da eleição dependerá agora da análise da CBMA, que atua como instância arbitral independente desde a intervenção da Confederação Brasileira de Futebol.
Primeira suspensão
Marcada originalmente para o dia 3 de maio, a eleição da FMF foi suspensa após denúncias de irregularidades e questionamentos sobre a elegibilidade de candidatos. Com o fim do mandato de Aron Dresch em 26 de maio, a Justiça de Mato Grosso nomeou o advogado Thiago Barros como administrador provisório da entidade.
A CBF, no entanto, contestou a decisão judicial, argumentando que a intervenção violava normas da FIFA e o Estatuto do Futebol. Como alternativa, indicou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, como interventor interino. A Justiça Estadual acatou a proposta da CBF, revogando a nomeação anterior.
Desde então, o processo eleitoral da FMF vem sendo conduzido sob supervisão da CBMA, que tem a responsabilidade de garantir lisura e isenção. No entanto, com a nova contestação apresentada pela chapa de Aron Dresch, o cenário volta a ser de indefinição.
Fonte: cenariomt