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Brasil

Presidente dos Correios reajusta salário em meio a crise financeira histórica

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Enquanto enfrenta resultados financeiros negativos, a diretoria dos Correios teve seus salários elevados nos últimos dois anos. O presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, aprovou para si um aumento de 14% desde sua nomeação, enquanto os funcionários receberam reajuste de pouco mais de 4% no mesmo período. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 15, pelo Metrópoles.

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, valor quatro vezes superior ao prejuízo registrado em 2023, que foi de R$ 597 milhões. Este é o primeiro resultado negativo bilionário da empresa desde 2016. Apesar do cenário, o salário do presidente passou de R$ 46,7 mil em março de 2023 para R$ 53,3 mil em abril de 2024.

Além dos salários, benefícios também foram ampliados. O auxílio-moradia subiu de R$ 4,3 mil para R$ 4,7 mil, o auxílio-alimentação aumentou de R$ 699 para R$ 1.036 e a previdência complementar foi ajustada de R$ 7,6 mil para R$ 7,9 mil. O valor do plano de saúde, porém, permaneceu em R$ 749. Gratificações e honorários por participação em conselho também compõem a remuneração.

Os diretores, por sua vez, tiveram os salários reajustados de R$ 40,6 mil para R$ 46,3 mil entre o início da gestão atual e 2024, acumulando ainda benefícios diversos.

Indicado ao cargo por Lula, Fabiano Santos teve o nome aprovado pelo Conselho de Administração em fevereiro de 2023. Sob seu comando, os Correios viram o superávit acumulado nos anos de Jair Bolsonaro virarem déficit. A atual gestão fez até mesmo uma manobra contábil para lançar retroativamente, para 2022, gastos dessa gestão.

Rombo nos correios
Fonte: Reprodução/Poder360

Advogado e professor universitário, Santos atuou no grupo Prerrogativas, grupo de advogados ligado a Lula e crítico à Operação Lava Jato. Ele assumiu a presidência da estatal com a incumbência de impedir a privatização e removeu os Correios do Programa Nacional de Desestatização em 2023. Seu mandato vai até agosto de 2025.

Em nota, a direção dos Correios afirmou que os reajustes recentes seguiram autorizações do governo federal e decisões da Assembleia Geral Ordinária, sendo de 9% em 2023, igual ao concedido aos servidores federais, e de 4,62% em abril de 2024, equivalente ao IPCA do período. A estatal também disse que o Conselho de Administração decidiu não conceder reajuste salarial aos dirigentes da empresa em 2025.

Segundo a empresa, mesmo com os aumentos, houve uma redução de 2,2% nos gastos com remuneração dos dirigentes entre 2022 e 2023, devido à vacância de cargos e renúncia de benefícios por parte de gestores.

Sobre o prejuízo em 2024, a estatal afirmou enfrentar consequências de falta de investimentos e de modernização nos últimos anos. A estatal atribuiu o prejuízo recorde à chamada “taxa das blusinhas”, que teve reflexos positivos para o varejo, mas impactou negativamente o balanço da empresa.

Como resposta, foram anunciadas sete medidas, entre elas a suspensão de férias e a exigência de trabalho presencial, a partir de junho.

Fonte: revistaoeste

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