A região do Brás, na capital paulista registra déficit de mais de 10 mil funcionários, segundo a . O local é a maior feira a céu aberto da América Latina.
“No universo de 5 mil lojas, estamos fazendo uma amostragem de cerca de duas vagas por loja, sendo que alguns grandes players estão pedindo 300, 400 vagas”, disse o vice-presidente da entidade, Lauro Pimenta, em entrevista ao jornal Folha de SPaulo. “Nunca tivemos uma situação de tanta dificuldade de mão de obra”.
Entre os fatores citados por comerciantes e pesquisadores estão a escala de trabalho 6×1 e o crescimento do trabalho autônomo. Além disso, a mudança no perfil dos vendedores e a repressão a ambulantes também têm influência.
Uma equipe do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate) esteve na região em 1º de agosto para ouvir demandas da associação. Nesta sexta-feira, 15, pela manhã, Prefeitura de anunciou medidas para facilitar contratações.
Representantes da Prefeitura visitaram cerca de 50 pontos comerciais. “O intuito é aproximar cada vez mais a Prefeitura do setor privado e promover a reinserção de trabalhadores no mercado de trabalho”, diz o o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart.
As vagas serão registradas na plataforma do Cate. Além disso, está previsto o Contrata SP, mutirão de empregabilidade marcado para setembro. O Cate Móvel também entra na programação, ofertando as primeiras vagas disponibilizadas no dia 28 de agosto, na Praça Agente Cícero, no Brás, das 9h às 16h.
Segundo Pimenta, há concorrência de vagas de trabalho com os aplicativos de entrega e de transporte. Ele acrescenta que a carga horária é um entrave para os jovens. “Os mais jovens, quando veem a carga horária de 44 horas semanais, acabam recuando um pouco de ter que vir aos sábados”, diz. “Nossa escala é um pouco complicada.”
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho afirmou que “as equipes técnicas estão analisando as demandas da entidade para desenvolver ações conjuntas ainda neste ano.”
Disse também que as ações visam facilitar a entrada de novos profissionais no mercado de trabalho. “O Brás é conhecido por seu comércio vibrante, o que demanda uma mão de obra constante para atender a clientela de todo o país que frequenta esse importante polo de compras na capital”, completa a nota.
A Feira da Madrugada, que surgiu para abastecer o comércio local, se expandiu e hoje movimenta hotéis, estacionamentos, lanchonetes e restaurantes. A violência na região também pode influenciar na escassez de trabalhadores.
A Polícia Militar informou que “atua de forma permanente no Brás e em outras regiões da capital para garantir a segurança da população, coibir práticas ilícitas e prevenir crimes.”
Fonte: revistaoeste
