O enigma do Volkswagen Tera: Por que o SUV de entrada não conquistou o mercado brasileiro?
Descubra por que a versão de entrada do Volkswagen Tera não está vendendo no Brasil. Analisamos os números, a estratégia da montadora e a preferência do consumidor que explicam o fracasso do modelo.
O lançamento do Volkswagen Tera foi uma das grandes apostas da montadora no mercado brasileiro. O SUV, que chegou com a missão de ser um novo ícone de vendas, teve um desempenho inicial impressionante, com mais de 12 mil pedidos em menos de uma hora na pré-venda.
No entanto, um olhar mais atento para os números revela um paradoxo: a versão de entrada, 1.0 MPI, parece “encalhada” nas concessionárias, enquanto as opções mais caras dominam as vendas.
Por que o Volkswagen Tera não conquistou o mercado brasileiro?
Um levantamento da consultoria K.Lume mostrou que, até o final de julho de 2025, o Tera 1.0 MPI vendeu apenas 46 unidades, representando uma fatia insignificante de 0,7% do total de emplacamentos do modelo no período.
Com um preço sugerido de R$ 105.890, essa versão entrega modestos 84 cv, um número que levanta questionamentos sobre a sua real competitividade em um mercado dominado por motores mais potentes. A discrepância nas vendas parece ser resultado de uma combinação de fatores, começando pela própria estratégia da Volkswagen.
Mesmo a versão topo de linha, Highline, com câmbio automático, não vendeu tanto, somando 4.368 unidades vendidas no mesmo período.

O consumidor brasileiro, por sua vez, mostra claramente sua preferência. Em uma categoria onde o desempenho e o conforto são cada vez mais valorizados, os compradores estão dispostos a investir mais para ter um motor turbo e um câmbio automático, que proporcionam uma experiência de direção superior, especialmente em centros urbanos.
O baixo número de vendas do Tera reflete essa tendência de que o mercado busca mais do que apenas um SUV de entrada.
Concorrência interna e externa
Para complicar ainda mais o cenário, há uma grande concorrência, tanto dentro quanto fora da própria Volkswagen. Outros SUVs como o Fiat Pulse e o Nissan Kicks, que o Tera visa concorrer, oferecem configurações de motorização e preços que muitas vezes se alinham melhor com as expectativas do consumidor.
No campo interno, a Volkswagen criou uma “canibalização” com seu próprio SUV best-seller. O Volkswagen T-Cross 200 TSI, com motor turbo e câmbio automático, está sendo oferecido em uma promoção de “Desconto IPI em Dobro”, com o preço reduzido de R$ 154.990 para R$ 137.854, tornando-se mais atrativo do que a versão topo de linha do Tera, que parte de R$ 141.890.
Essa jogada de marketing coloca o T-Cross como uma opção mais vantajosa para quem busca um SUV compacto mais equipado.
Na sua opinião, o Volkswagen Tera 1.0 MPI é um carro de nicho ou um erro de estratégia da montadora? Comente e compartilhe sua visão!
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Escrito por
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
Fonte: garagem360