De acordo com previsões recentes, o dia 5 de agosto terá uma duração 1,25 milissegundos menor do que as tradicionais 24 horas. Essa pequena diferença é resultado do aumento na velocidade de rotação do planeta Terra, uma tendência que vem sendo observada por especialistas em tempo e astronomia.
Segundo o Observatório Naval dos Estados Unidos e outras instituições de referência, o fenômeno que encurta os dias está diretamente ligado ao comportamento rotacional da Terra. A rede de TV CNN também destacou que este tipo de oscilação tem se tornado mais comum.
Por exemplo, o dia 10 deste mês já foi considerado o mais curto do ano, com 1,36 milissegundos a menos. Em comparação, o recorde anterior era de 5 de julho do ano passado, com um encurtamento de 1,66 milissegundos, desde o início do uso prático do relógio atômico de césio em 1955.
Impactos sutis, mas com implicações a longo prazo
Apesar dessas diferenças serem imperceptíveis no cotidiano, especialistas alertam que, com o passar do tempo, essas variações podem influenciar sistemas como:
- Redes de comunicação
- Satélites em órbita
- Operações de computadores sincronizados por tempo
Por isso, há um esforço contínuo na comunidade científica para monitorar com precisão essas mudanças.
Do segundo adicional ao possível segundo subtraído
Historicamente, a rotação da Terra era mais lenta que o tempo padrão, o que levou à adoção dos chamados “segundos intercalares”, adicionados 27 vezes entre 1972 e 2017. Esses segundos extras ajudavam a alinhar os relógios atômicos com o tempo solar.
No entanto, a Conferência Geral de Pesos e Medidas, órgão internacional responsável por manter os padrões de tempo, decidiu eliminar gradualmente essa prática nos próximos 35 anos.
Com o ritmo da rotação terrestre acelerando, alguns cientistas já cogitam a necessidade de implementar um novo conceito: os “segundos negativos”, que consistiriam em reduzir um segundo do dia para manter a precisão do tempo global.
Fonte: cenariomt