Só a gente lembrou dele: Citroen C3 Aircross quase não vende
Quase ninguém lembra dele. Descubra por que o Citroën C3 Aircross vende quase quatro vezes menos que o GM Spin, mesmo custando o mesmo preço.
Em um mercado automotivo que a cada dia recebe um novo SUV, o Citroën C3 Aircross chegou com a promessa de ser uma opção acessível e espaçosa. No entanto, o que se vê é um desempenho de vendas desanimador. Longe de brigar pelo topo, o modelo da marca francesa está no fim da fila, quase invisível nas estatísticas de vendas, perdendo de longe para seus principais concorrentes.
Para piorar, a Citroën confirmou uma notícia que reforça as dificuldades do modelo: a suspensão da produção e vendas da versão de 5 lugares. Agora, a única opção disponível nas concessionárias é o modelo para sete passageiros, em uma “adequação pontual do estoque”, segundo a marca.
Citroen C3 Aircross quase não vende
Para entender a dimensão do problema, basta comparar as vendas do C3 Aircross com as do seu principal rival direto no segmento de 7 lugares, o GM Spin. Os números da Fenabrave para os primeiros oito meses do ano são claros e assustadores para a Citroën:
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Citroën C3 Aircross (Jan a Ago): 3.860 unidades
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GM Spin (Jan a Ago): 14.084 unidades
A diferença é gritante. O Spin vendeu quase quatro vezes mais que o C3 Aircross no mesmo período. Enquanto o modelo da Chevrolet está na 27ª posição do ranking geral de vendas, o SUV da Citroën mal aparece na 49ª, reforçando a ideia de que o público simplesmente não o considerou uma opção viável.

O preço e o confronto com a realidade
Um dos motivos para o fracasso em vendas pode estar no seu posicionamento de preço. O Citroën C3 Aircross tem um valor inicial de R$ 126.990 (valor anunciado no site), quase o mesmo preço de entrada do GM Spin. Para o consumidor, a escolha é dura: um modelo novo, mas de uma marca com menor presença no Brasil, contra um carro consolidado, com reputação de robustez e uma rede de concessionárias e manutenção mais forte.
Além da concorrência direta do Spin, o C3 Aircross também enfrenta SUVs mais estabelecidos e com propostas mais claras, como o T-Cross, o Creta e o Renegade, que apesar de não oferecerem 7 lugares, competem na mesma faixa de preço e gozam de maior prestígio e reconhecimento no mercado.
A estratégia de 7 lugares e o futuro incerto
A decisão de focar apenas na versão de 7 lugares é uma aposta arriscada. A Citroën está essencialmente abandonando um segmento de 5 lugares extremamente competitivo para ir de encontro com um modelo que domina o segmento familiar no Brasil.
O “ajuste de estoque” da versão de 5 lugares é um forte indicativo de que a procura pelo carro foi muito menor do que o esperado, forçando a marca a repensar sua estratégia.
Apesar da aposta no espaço interno e na proposta familiar, a falta de diferenciais significativos em termos de motorização, tecnologia e, principalmente, uma oferta de preço mais agressiva em relação ao Spin, parece ter sido fatal.
Leia aqui: Adeus, Brasil? Citroën Aircross de 5 lugares tem produção e venda suspensas no Brasil; entenda
Escrito por
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
Fonte: garagem360