IZA decidiu fazer um álbum de reggae… e fez! A cantora introduziu sua nova era com um show cheio de referências ao Egito Antigo no The Town e lança os dois primeiros singles nesta quinta (18/9): “Caos e Sal” e “Tão Bonito”. O álbum será lançado em 2026. A mudança de direcionamento, que pegou parte do público de surpresa, na verdade é um movimento natural para IZA. “Eu amo reggae. Estou com hiperfoco”, diz ao POPline.
(Foto: Lucas Ramos / Brazil News)
“Acho que o reggae fala muito com a minha verdade. E acho que o reggae me representa mais do que R&B, talvez. E acho que isso é uma opinião pessoal. Cada um tem a sua. Eu me sinto representada pelo reggae. Os artistas que mais me inspiraram a vida inteira, acho que são artistas de reggae”, explica.
Assista a entrevista completa com IZA:
“Caos e Sal” é uma música que está nos arquivos da IZA há cinco anos. Ela sempre quis explorar mais o reggae, mas acredita que este é o melhor momento. As gravações para o projeto acontecem desde a gravidez da Nala, sua filha que está prestes a completar um ano. “Esse é um projeto. Um momento emocional, espiritual. Não sou uma cantora de reggae. Sou uma cantora. Esse é meu momento reggae“, sinaliza.
Ouça as músicas novas:
Liberdade criativa
IZA entrou no mercado pela prateleira da música pop, explorou o R&B no álbum “Dona de Mim” (2018) e o afrobeat no “Afrodhit” (2023). O reggae já havia aparecido antes em sua discografia, como no single “Brisa” (2019), por exemplo. A cantora, que coleciona certificados de platina, contratos publicitários e presença em festivais importantes, desfruta de total liberdade criativa.
“Eu posso garantir que, desde o início, eu tenho total liberdade para fazer o que eu quiser. E total liberdade para lançar o número de singles que eu quero lançar. Acho isso uma benção. Eu fico muito feliz”, ela conta ao site, “artisticamente, eles me entendem. Quando eu falei que queria fazer um álbum de reggae, eles falaram: ‘Demorou’”.
(Foto: MarVin)
Questionada como conquistou esta posição, ela não sabe responder. “Nunca parei pra pensar por que a Warner não me perturba. Mas eu me sinto muito feliz com a nossa relação”, ela comenta por videochamada, “eu acho que, quando uma gravadora contrata um artista, precisa entender que tipo de artista é esse. E acho que eles sabem o tipo de artista que sou”. Ela trabalha com a Warner desde 2017.
Álbum novo
O terceiro álbum da IZA já tem título, mas ela não revela qual. “Já tem. Eu acho que já tem. Estou com um alter ego na cabeça há muito tempo – o nome dessa minha persona do reggae – então acho que vai ser esse nome”, diz a cantora. O trabalho está bastante encaminhado, e o lançamento é programado para o ano que vem.
“Caos e Sal” e “Tão Bonito” são os primeiros singles. IZA está trabalhando com os produtores Nave e Fejuca, cada um com três Latin Grammys na conta.
(Foto: Divulgação)
Referências de IZA
Olodum, Toni Garrido e Célia Sampaio, a Dama do Reggae, são algumas dessas referências de IZA. A cantora fez questão de convidar todos para participações em seu show no The Town. “Eu não queria só lançar uma música. Eu realmente quis viajar”, pontua a cantora. “O reggae é muito rico, então por isso eu acho que um EP ou um single não seria suficiente para eu me explorar”, completa.
Além das referências sonoras, IZA mergulhou em referências estéticas e bibliográficas. Bebeu de Kelmet, a terra preta do Egito Antigo. No visualizer de “Caos e Sal”, ela incorpora Basket, deusa da mitologia egípcia.
“Quando estava grávida, me pintei de preto por causa dela. Cismei com ela, com essa cabeça de gato”, conta. Para o desenvolvimento da nova era, ela e a equipe criaram um documento de 89 páginas com textos, imagens, cores e fontes para que todos os profissionais envolvidos entendessem o direcionamento do projeto. Todo mundo precisou ler. “Tem que ter vontade”, brinca.
(Foto: MarVin)
Fonte: portalpopline