Existem movimentos cíclicos bem notáveis em Hollywood, especialmente quando o assunto são os altos e baixos de diferentes gêneros. É como, por exemplo, as comédias românticas dominaram os cinemas de maneira intensa no início dos anos 2000 – algo que já acontecia antes -, passaram por um hiato na última década e agora estão voltando aos trilhos com produções como , , e, claro, as várias da .
No começo do século, um outro subgênero do humor passou por diversas reformulações e encontrou um espaço significativo na indústria: os famosos besteiróis. Impulsionado por , que satiriza filmes de terror, a abordagem ganhou os mais variados títulos, com histórias que tiravam sarro de tudo quanto é tipo de elemento da cultura pop hollywoodiana.
, lançado em 1982, pode ter sido o responsável por reacender o interesse do público jovem nesta abordagem inusitada do humor, mas as paródias sempre fizeram parte do mercado cinematográfico.
Se formos bem longe, a paródia já tinha espaço em peças da Grécia Antiga, além de ser incorporada em produções embrionárias da indústria cinematográfica. Para quem adora cinema, existem algumas narrativas significativas que surgiram ao longo das últimas décadas, como , , , , , e , longa que acaba de ganhar uma nova versão.
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Reformulado para um difícil público de 2025, um momento em que diversas formas de se fazer piada se tornaram ultrapassadas e há uma preocupação maior com direitos humanos – ainda bem, diga-se de passagem! -, o novo é a prova de que, com boas ideias e compreensão do material, é possível mergulhar em qualquer gênero com maestria e ainda fazer paródias no cinema.
Assim como os longas que iniciaram a irreverente franquia, esta nova história não se leva a sério por nenhum único segundo. Isso é visto não apenas nas piadas que variam seu nível de acidez, mas à física do projeto, que flutua na telona como se fosse um live-action de – nem tudo fará sentido, mas este universo não precisa de coesão lógica, precisa de graça.
Paramount Pictures
Em conjunto do longa estrelado por e , também está sob o guarda-chuva da Paramount Pictures, um baita trunfo para o estúdio e distribuidor. Quando a sequência foi anunciada, a primeira pergunta que surgiu foi: como trazer a energia caótica e referencial dos filmes originais sem cair no caminho da ofensa apelativa?
Embora não traga a resposta exata, o projeto é a prova de que não é apenas possível, como pode dar muito certo. As críticas do filme apontam que “a reinicialização da paródia funciona porque ousa ser estúpida” (IGN), “tem trocadilhos clássicos e terríveis, clichês bem detonados e algumas piadas inspiradas” (Variety) e “é o filme que o mundo precisa agora”, pois é uma “comédia adulta deliciosamente boba” (Empire) nos mostram que há um caminho a ser traçado – ainda mais quando ambos compartilham a mesma casa.
Paramount Pictures
Levando em consideração o crescimento e a pluralidade dos filmes de terror dos últimos 20 anos, desde que foi lançado, há material de sobra para parodiar. Agora, a forma de se fazer isso sem ferir, basicamente, o que chamamos de direitos humanos (importante!), é para poucos. Como a reunião dos irmãos Wayans deve seguir, ninguém sabe, mas espera-se que seja tão estúpido (no bom sentido), ácido e hilário quanto já foi um dia.
Os longas originais são conhecidos por um tipo de humor bem específico, com tudo quanto é tipo de piada. Além do retorno dos criadores, a dupla de atrizes que embarcaram nos primeiros filmes da franquia, e , faz o projeto ter a receita perfeita para o sucesso. Assim como acontece na vida, os mais velhos mostram o caminho para um sucessor ir adiante. Aqui, como já vimos décadas atrás, o retorno de uma velha franquia acaba de abrir o caminho para um longa com potencial de ser tão bobo quanto divertido.
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Fonte: adorocinema
