Porque a cinturinha fininha da torre aumenta a eficiĂȘncia de escoamento do ar quente â e ainda barateia a produção.
Esse formato tĂpico de ampulheta, com o meio mais fino e os extremos mais largos, Ă© chamado de âhiperboloideâ na geometria e Ă© usado nas torres de resfriamento, estruturas que liberam calor do sistema.
Uma usina nuclear funciona assim: o reator aquece a ĂĄgua atĂ© que ela vire vapor â que, por sua vez, move as turbinas que efetivamente geram energia. Depois, esse vapor (que, vale lembrar, nĂŁo Ă© radioativo) precisa ser resfriado. A torre em formato de ampulheta cria um efeito aerodinĂąmico de convecção natural: ao passar pelo meio estreito, o ar quente acelera e âpuxaâ mais o ar de baixo, como num funil invertido. Assim, a estrutura dispensa ventiladores. O topo amplo, por sua vez, ajuda toda essa massa gasosa a sair â o que gera as clĂĄssicas nuvens brancas.
As torres de cinturinha fina nĂŁo sĂŁo exclusivas de usinas nucleares â existem em vĂĄrias indĂșstrias que precisam de um mĂ©todo para resfriar ĂĄgua. Quem patenteou e popularizou o formato hiperboloide foi o engenheiro holandes Frederik van Iterson em 1918. Antes disso, as torres costumavam ter formatos retangulares, como chaminĂ©s, e por isso eram menos eficientes.
Pergunta de @balabanrichard, via Instagram
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Fonte: abril