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Política

STF condena 15 pessoas por atos de 8 de janeiro: saiba mais detalhes sobre o julgamento

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Por maioria, os ministros do condenaram mais 15 réus por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. O julgamento começou na sexta-feira 9 e se encerrou na terça-feira 20 no plenário virtual da .

O relator do caso, ministro , votou a favor da condenação e recebeu o apoio de Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli. Cristiano Zanin e Edson Fachin também se posicionaram a favor das punições, mas sugeriram penas menores. Votaram contra os ministros , André Mendonça e Nunes Marques.

O STF impôs penas de 14 a 17 anos de prisão aos réus pelos supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Além disso, foi aplicada uma multa de R$ 30 milhões pelos danos causados aos prédios úblicos. Os 15 réus são considerados executores, pois foram presos dentro dos prédios invadidos.

Barroso divergiu quanto à condenação por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Para ele, assim como para Mendonça, há dupla punição pelo mesmo fato, o que é proibido pela legislação. Mendonça, junto com Nunes Marques, votou contra outros pontos do voto de Moraes, destacando, mais uma vez, a falta de competência do STF para julgar os casos, já que os réus não têm foro privilegiado por prerrogativa de função.

Para quem acompanhou o voto de Moraes, a tese é que houve participação em tumultos, e isso faz com que a identificação de quem efetivamente tenha causado algum tipo de dano seja “dispensável”. 

“A invasão aos prédios públicos se deu em contexto de crime multitudinário, sendo dispensável, portanto, a identificação de quem tenha efetivamente causado os inúmeros danos acima exemplificados e descritos nos relatórios”, disse Moraes. “Evidencia-se que os líderes e responsáveis efetivos deverão responder de forma mais gravosa, nos termos da legislação penal”

Até agora, 86 pessoas já foram condenadas por envolvimento nos atos de . Na visão dos ministros do STF, todos os réus do e os demais investigados participaram de uma tentativa de golpe de Estado.

  • Adalgiza Maria Dourado
  • Alessandra Faria Rondon
  • Ana Carolina Isique Guardieri Brendolan
  • André Luiz Barreto Rocha
  • Crisleide Gregorio Ramos
  • Daniel Soares do Nascimento
  • Diego Eduardo de Assis Medina
  • Ines Izabel Pereira
  • Joelton Gusmao de
  • Levi Alves Martins
  • Luiz Fernando de Souza Alves
  • Nara Faustino de Menezes
  • Regina Aparecida Modesto
  • Tiago dos Santos Ferreira
  • Valeria Rosa da Silva Oenoki
O ministro Alexandre de Moraes, com o terno e a túnica preta. Ao fundo, uma cadeira estofada bege, com a parede na cor creme atrás.
O Ministro Alexandre De Moraes, Durante Sessão No Stf, Em 8 De Fevereiro De 2023 | Foto: Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O réus do 8 de janeiro já apresentaram centenas de pedidos de afastamento de Alexandre de Moraes da relatoria dos casos, seja por possível impedimento, seja por suspeição. Entretanto, a 192 foram negados até agora.

Na terça-feira 20, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou duas dessas solicitações — uma feita pelo ex-presidente e outra por uma mulher detida durante as investigações.

De acordo com Barroso, nenhum dos investigados apontou razões legais, previstas no Código de Processo Penal e no regimento do STF, para afastar o ministro da relatoria dos caso.

O presidente do STF argumentou que o entendimento da Corte é que, ao apontar impedimento, a parte precisa “demonstrar, de forma clara, objetiva e específica, o interesse direto no feito por parte do ministro alegadamente impedido”. Para Barroso, “não são suficientes as alegações genéricas e subjetivas, destituídas de embasamento jurídico”.

Fonte: revistaoeste

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