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Política

Pimenta alerta: certas regiões podem não ser mais adequadas para moradia no RS

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O ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, afirmou que ainda não é possível definir se todas as áreas dos municípios de regiões metropolitanas do Estado poderão voltar a ser residenciais. Também anunciou que o RS deve ter mais chuvas na próxima semana, com acumulados de 150 milímetros. 

“Então, temos grandes piscinas nas regiões metropolitanas, especialmente Canoas, São Leopoldo e Porto Alegre”, disse Pimenta nesta sexta-feira, 17. “Três regiões com a maior quantidade de pessoas que não podem voltar para casa. E sequer nós temos condições, o poder público, de saber se estas áreas poderão ou não serem locais de moradia enquanto a água não baixar.”

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Paulo Pimenta explicou que depois da cheia de 1941, quase todos os municípios da região metropolitana de Porto Alegre (RS) são protegidos pelos sistemas de diques e casas de bomba. 

“São municípios em que parte da sua área está praticamente no nível do mar, no nível do rio. Sem os diques e sem o muro em Porto Alegre, a probabilidade e a possibilidade de inundação seriam muito grandes”, afirmou.

O ministro argumentou que trata-se de um sistema “concebido em outro momento, com outra tecnologia e em outra realidade” e, portanto, não suportou toda a água das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde 27 de abril. 

“A água entrou por cima dos diques, corrompeu os diques e, mesmo com o rio baixando, ela não vai embora. Os diques ficaram na proteção contrária e aí virou uma piscina”, relatou Pimenta, que demonstrou preocupação com a chegada das novas chuvas, previstas para a região Noroeste e metropolitana do Estado.

O ministro Paulo Pimenta também anunciou a chegada de novas bombas, com tecnologias mais recentes, para abastecer o RS. São previstas 18 bombas da Sabesp, de São Paulo, além de 8 do Ceará e “outra” vinda de Alagoas —utilizada na transposição do Rio São Francisco. 

“Com apoio do governo federal, por meio de ajuda do Ministério da Defesa, estamos fazendo o transporte dessas bombas”, garantiu. “Algumas já chegaram. Chegaram 2 e devem chegar 4 hoje que serão, basicamente, utilizadas em Porto Alegre e Canoas.”

Pimenta ainda declarou ser “fundamental” que é preciso escoar a água dessas regiões para que os diques sejam fechados. “Precisamos ter muita agilidade”, falou, em referência a chegada de mais chuvas que devem atingir esses municípios na próxima semana. 

Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, suas equipes estão “trabalhando com o Estado de Pernambuco para recebermos mais bombas” para o RS. Disse que a Defesa Civil Nacional está auxiliando nessas operações, além de já ter aprovado “10 planos de reconstrução”. 

Destacou em coletiva que os municípios onde a água já baixou precisam “iniciar os planos de restabelecimento”, que é a limpeza dessas áreas. “Para gente é importante que cada bairro que a água vá permitindo limpar, a gente já entre com limpeza”, declarou. 

“Com a limpeza a gente já vai desobstruindo o bairro, a avenida, as casas das pessoas. Porque além da gente ir criando condições para a reconstrução, a gente também evita que os problemas de saúde sejam além daqueles que já estão definitivamente calculados diante desse desastre”, acrescentou Waldez Goés.

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Evandir Severo dos Santos limpa seu restaurante, que ficou parcialmente destruído, depois das enchentes em Porto Alegre | Foto: Diego Vara/Reuters
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Os botijões representam um risco à segurança da população, o que levou a distribuidora Copa Energia a acionar uma equipe especializada para avaliar a situação em Canoas | Foto: Divulgação/Copa Energia
Imagens de destroços, em uma área inundada em Porto Alegre - 14/5/2024 | Foto: Diego Vara/Reuters
Imagens de destroços, em uma área inundada em Porto Alegre – 14/5/2024 | Foto: Diego Vara/Reuters
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Fonte: revistaoeste

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