Sophia @princesinhamt
Política

Petista intermediando caixa dois eleitoral em Santa Catarina: conversas revelam esquema em detalhes. Confira!

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Áudios e mensagens revelam que o ex-senador e ex-governador de Santa Catarina Leonel Pavan (PSD) recebeu caixa dois, em transações que somam pelo menos R$ 1,075 milhão via Pix. O principal intermediador e captador do dinheiro seria o petista Glauco Piai.

A motivação ao depósito dos valores seria uma troca de promessas de contratos futuros com as Prefeituras de e , em Santa Catarina. Pavan é a prefeito de Camboriú, enquanto sua filha, Juliana Pavan (PSD), concorre ao cargo de de Balneá Camboriú. Esta tem o metro quadrado mais caro do Brasil.

Os documentos, obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo, revelam que o lobista Glauco Piai, ex-assessor de Marta Suplicy em São Paulo e atualmente filiado ao PT de Itajaí (SC), atuou como intermediário dessas transações.

Leonel Pavan e sua filha, Juliana Pavan
Leonel Pavan E Sua Filha, Juliana Pavan | Foto: Reprodução/Instagram

Piai foi detido em Santa Catarina no dia 23 de setembro com R$ 100 mil em dinheiro vivo. “Já consegui, isso aqui entre nós, 500 K [R$ 500 mil] pra ele [Pavan] do ‘Turquinho’, 26 [R$ 26 mil] de uma empresa de tecnologia e 26 [R$ 26 mil] de outra empresa de tecnologia”, disse Piai, em um áudio de fevereiro dirigido a um intermediário de um empresário de São Paulo.

“O cara da merenda, eu fiz uma conversa com ele, tá vindo pra cá também. Tem você e, agora, o cara de seguros.”

Glauco Piai e Jair Tatto
Glauco Piai, À Direita, E Jair Tatto (Pt), Vereador Da Cidade De São Paulo | Foto: Reprodução/Instagram

Piai, que ocupou o cargo de chefe de gabinete no Serviço Funerário de São Paulo durante a gestão de Marta Suplicy (2001-2004), mencionou em mensagens que os empresários interessados nos contratos transferiam os valores para a Traccia Construtora e Incorporadora Ltda.

Esta é uma empresa que está em seu nome, a qual, posteriormente, repassava o dinheiro a contas de Pavan e outras indicadas pelo ex-senador.

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Pavan não comentou o caso diretamente, mas afirmou em suas redes sociais que é vítima de “mentira da grossa”. Em mensagens, Piai afirma que os pagamentos eram realizados como dividendos de uma incorporação imobiliária e menciona o uso de uma “cooperativa apócrifa”.

Conversas entre Pavan e Piai indicam repasses semanais de R$ 20 mil ao ex-senador e mensais de R$ 20 mil para a agência de comunicação da campanha de sua filha.

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Em um áudio enviado a um intermediário de um empresário, Pavan pergunta: “Quanto vai pra agência? E quanto na minha conta?”. Piai responde que seriam R$ 20 mil mensais para a agência e R$ 20 mil semanais para Pavan, e depois acrescenta: “Depois apague isso por favor”.

Pavan então indica uma Pix para as transferências, e Piai confirma o envio do valor com um comprovante. Juntamente, ele envia a mensagem: “Chefe, pode deixar que segunda tem mais”.

As campanhas de Pavan e de sua filha não apresentaram registros de tais valores em suas prestações de contas.

Em vários áudios, o petista promete divisão de contratos das prefeituras, como administração de creches, merenda e obras. “Sergião, vai chover na nossa aqui nessa semana? Como é que tá o molho aí?”, pergunta Piai em áudio enviado ao advogado Sergio de Carvalho Gegers, dono da Actual Tax Brasil Consultoria Tributária Ltda.

Áudios entre Glauco Piai, Leonel Pavan e empresários, revelados pela Folha
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Comprovante de agendamento de transferência da empresa Actual Tax para a empresa Traccia | Foto: Reprodução
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Conversas entre Leonel Pavan e Glauco Piai | Foto: Reprodução

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