O Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou a condenação do jornalista Luan Araújo, acusado de injúria e difamação em uma ação movida pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O processo tramitava na Justiça desde um incidente, em outubro de 2022, no qual Zambelli ameaçou Araújo com uma arma.
Em parecer favorável à condenação, o promotor Roberto Bacal argumenta que o artigo de Araújo publicado no Diário do Centro do mundo constitui uma “ofensa gratuita e dolosa” contra a parlamentar.
No texto, o jornalista descreveu o episódio ocorrido na Alameda Lorena, em São Paulo, e criticou Zambelli por usar o evento para “fazer o picadeiro clássico de uma extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”.
Renan Bohus, advogado de Araújo, expressou surpresa com o que chamou de “mudança de postura” do Ministério Público. Ele disse que, inicialmente, o órgão não considerava a conduta do réu criminosa.
Bohus enfatizou que Araújo enfrenta uma “perseguição jurídica”, o que causa um grande abalo emocional ao jornalista. Afirma ainda que seu cliente não teve a intenção de atentar contra a honra de Zambelli, mas apenas de criticar a “extrema direita” que ela representa.
