A bancada do partido Novo na Câmara dos Deputados pediu a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, à Comissão de Relações Exteriores. O requerimento, assinado pelos deputados Marcel van Hattem (RS), Gilson Marques (SC) e (SP), pede a Vieira que explique a posição do Brasil sobre a eleição na Venezuela e os conflitos no Oriente Médio.
Para os parlamentares, é importante o Brasil manter uma postura “coerente” com os princípios constitucionais e internacionais, especialmente na defesa dos direitos humanos, na promoção da paz e no repúdio a atentados terroristas, como no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
“A conivência do presidente Lula com o regime ditatorial de Nicolás Maduro na Venezuela e o alinhamento do governo brasileiro com organizações terroristas no Oriente Médio são inaceitáveis”, alegou Van Hattem. “Enquanto a comunidade internacional condena as fraudes eleitorais na Venezuela e as ações de grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah, o governo Lula opta por uma postura branda e até mesmo de cúmplice.”
Na segunda-feira 29, , apesar de a oposição falar em fraude eleitoral. Ele está no poder desde 2013. Conforme os opositores do regime chavista, o principal candidato contra Maduro, Edmundo González, venceu, com 70% dos votos.
Assim como a comunidade internacional, o Brasil criticou a falta de transparência do pleito, mas aguarda a divulgação das atas eleitorais para dizer se reconhece ou não a reeleição do ditador.Mesmo destacando a importância da divulgação das atas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou .
Segundo os deputados, é essencial que o governo brasileiro explique por que não adotou uma postura clara de repúdio às ações do regime venezuelano. “É necessário que se dê a devida importância a este assunto por parte do governo brasileiro ou que ao menos sejam expostos os motivos que levaram o MRE a não adotar uma postura clara de repúdio como já feito por líderes de democracias anteriormente citadas,”, defenderam os deputados no requerimento.
Na quarta-feira 31, o Itamaraty , . A Guarda Revolucionária do Irã confirmou a morte de Haniyeh, na capital do país, Teerã, na terça-feira 30. Ainda conforme o órgão, ele estava hospedado em uma residência especial para veteranos de guerra no norte da cidade.
O Brasil afirmou que o ato desrespeita a soberania do Irã e viola os princípios da Carta das Nações Unidas. “Atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio”, diz trecho do documento. Embora nenhuma nação ou movimento tenha reivindicado a autoria do disparo, .
Mas para os deputados, o governo do Brasil “parece preocupar-se em estar mais alinhado a grupos terroristas e líderes ditatoriais do que em promover e apoiar a democracia.” O requerimento dos parlamentares ainda precisa ser votado pela comissão no retorno do recesso do Congresso, que deve ocorrer na próxima semana.
Fonte: revistaoeste