Depois de ficar no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a vida nos abrigos para as pessoas que perderam sua casas é uma “espécie de paraíso”.
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A declaração foi dada na quarta-feira 15, durante visita de Lula a um abrigo em São Leopoldo (RS). Em todo o Estado, as enchentes deixaram mais de 76 mil pessoas em abrigos e 149 pessoas perderam a vida; 452 municípios foram afetados.
No discurso, Lula disse: “Eu fico imaginando essa gente que tá aí. Mulheres com crianças, mães que não têm marido, que têm dois, três filhos, que perderam sua casinha. Qual a expectativa que eles têm? Hora que secar, que tiver que voltar, vou voltar pra onde? Não existe mais o lugar que eu ficava, se existe, tá quase insuportável”, declarou.
E prosseguiu: “Então, termina sendo o abrigo uma espécie de paraíso. ‘Não tenho para onde ir, pelo menos aqui eu estou segurado, recebendo comida, água, assistência médica, assistência social’. E quando terminar? O prefeito fala ‘olha, a água foi embora, a cidade está limpa, cada um volta para sua casa’. Alguns voltarão, e outros perguntarão: ‘Que casa?”.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), expressou sua “surpresa” ao ver “tanta gente negra” no . O chefe do Executivo tem sido criticado por tratar a tragédia do Estado com um viés ideológico e de raça.
“Não sei se vocês perceberam, com toda a desgraça da enchente, por mais que a gente veja”, iniciou Lula. “Eu falei para a Janja no domingo: É impressionante, eu não tinha noção que no Rio Grande do Sul tinha tanta gente negra. Não é possível.”
Fonte: revistaoeste