Com forte influência na gestão anterior da Secretaria de Comunicação Social (), a primeira-dama, Janja, tem resistido às mudanças implantadas pelo futuro comandante da pasta, Sidônio Palmeira.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Sidônio, que pode assumir a secretaria na semana que vem, recebeu “carta branca” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer as alterações que considerar necessárias.
Essa autonomia, contudo, tem gerado tensão, pois Janja busca manter seus aliados em posições-chave no governo.
Janja não possui cargo no Executivo. No entanto, conta com uma equipe de 12 pessoas à sua disposição. Seu time é composto de assessores de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e um militar como ajudante de ordens. Essa estrutura, embora informal, , segundo levantamento do site Poder360.
Com o objetivo de minimizar os conflitos, a cúpula do Palácio do Planalto considera transferir os aliados de Janja para outras funções dentro do governo. A estratégia visa a apaziguar a tensão crescente entre ela e Sidônio.
A situação se complicou ainda mais com a recente demissão do secretário de imprensa José Chrispiniano, que tinha uma longa trajetória de trabalho com Lula. O cargo agora é ocupado por Laércio Portela, que atuava como secretário de Comunicação Institucional.
No começo desta semana, o anúncio das mudanças na chefia da Secom foi feito por Paulo Pimenta. Ao lado de Sidônio, ele afirmou que Lula busca um perfil diferente para liderar a comunicação do governo.
Sidônio, por sua vez, disse haver uma necessidade de modernização digital na pasta. “Há uma observação na parte digital, alguns dizem até que é analógica”, afirmou. “Acho que precisamos evoluir nisso.” Ele ainda classificou essa nova fase como um “segundo tempo” para a comunicação governamental.
Fonte: revistaoeste