Na manhã desta quarta-feira, 31, informou que o governo Lula alçou o Brasil ao mesmo patamar de Cuba, China e Coreia do Norte, que reconheceram o resultado das eleições na Venezuela. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral no Brasil, o ditador Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos.
A reportagem se baseou em três pilares: nas declarações do presidente Lula, ; no comunicado oficial do PT, ; e nas notas do Itamaraty, .
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (Secom) e o Itamaraty, nenhuma dessas declarações é suficiente para comprovar que o governo reconheceu a validade das eleições na Venezuela. Interlocutores do governo classificaram como “factualmente erradas” as informações divulgadas na reportagem de .
“Não existe nenhum documento do governo brasileiro que indique ou insinue reconhecimento ao resultado da eleição venezuelana proclamado”, alegou um dos funcionários do governo.
O Planalto ainda pediu “a imediata correção do título e do conteúdo da matéria”, por considerá-la “factualmente errada”. A solicitação foi prontamente rejeitada, porque a reportagem amparou-se em fatos.
“É factualmente errada a afirmação segundo a qual que [sic] o Brasil reconheceu a eleição da Venezuela.
O presidente Lula segue defendendo que [sic], antes de qualquer conclusão a respeito do pleito, é necessária a apresentação das atas de votação do pleito [sic]. Isso foi dito em entrevista à Globo MT e em nota.
Foi esse também um dos principais pontos de concordância da conversa do presidente Lula com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conforme a Revista pode conferir nas notas divulgadas posteriormente pelo Brasil e pela Casa Branca.
Não existe nenhum documento do governo brasileiro que indique ou insinue reconhecimento ao resultado da eleição venezuelana proclamado.
Solicito imediata correção do título e do conteúdo da matéria ‘Cuba, China, Coreia do Norte: Brasil entra na lista de ditaduras que reconhecem eleição na Venezuela’.”
Atualização às 18h58 de 31/7:
O título inicial da reportagem, “Itamaraty responde a “, foi alterado para Governo Lula responde a .
Fonte: revistaoeste