O governador Mauro Mendes disse que alertou órgãos policiais da influência do crime organizado na campanha eleitoral deste ano. Sem identificá-las, Mauro disse que avisou “autoridades” que haveria candidatos vinculados a facção criminosa, dando ajuda num esquema de lavagem de dinheiro.
“Tenho cobrado das nossas forças de segurança a investigação nesse sentido. Não dá para admitir esse tipo de coisa que estamos vendo em Mato Grosso, no Brasil. A grande culpada disso é a lei omissa, que não retrata o instrumento adequado para combater o nível de insegurança pública”, disse.
Reportagem publicada esta semana pelo jornal A Gazeta diz que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) investiga 20 candidaturas a vereador por suspeita de ligação com o Comando Vermelho. Os candidatos estariam sendo financiados pelo crime em ao menos oito cidades.
Ao mesmo tempo que financia campanhas, a facção criminosa estaria operando um esquema de lavagem de dinheiro. Segundo a reportagem, a seleção de candidatos estaria sendo feitas pelos líderes da facção em bairros e regiões um pouco maiores nas cidades.
Mauro Mendes disse que o estado brasileiro, em referência à União, está “batendo cabeça, no combate às facções criminosas, e a amostra da antítese entre os dois seria chamar o crime de organizado enquanto o governo federal não tem capacidade de rechaçar a invasão.
“Nós temos décadas chamando isso de crime organizado e o estado vem batendo cabeça, não sabe o que fazer, acha que para combater o crime tem que colocar câmera na farda de policiais, outros acham que temos que chamar os bandidos de oprimidos socialmente, tratá-los de forma lúdica”, afirmou.
Fonte: olivre.com.br