O ministro Flávio Dino, do (STF), tomou decisões e firmou acordos que contribuíram para a gestão do presidente . As ações mais relevantes de Dino ocorreram em processos que estavam sob a responsabilidade dos ministros Rosa Weber, que se aposentou em setembro de 2022, e André Mendonça.
Dino assumiu o cargo no STF em fevereiro de 2023, depois de ser indicado por Lula. Ele possui uma trajetória que inclui experiência como ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-governador do Maranhão.
+
Com essa indicação, tornou-se o primeiro ex-governador a ocupar uma cadeira no Supremo desde a promulgação da Constituição de 1988. Sua atuação se destacou em temas como emendas parlamentares e emergência climática. Nessas áreas, alinhou suas decisões às prioridades do governo federal.
No caso das emendas parlamentares, Dino bloqueou transferências que somavam R$ 17,5 bilhões a partir de agosto. Ele exigiu maior transparência, o que obrigou o Congresso a negociar com o Executivo e o STF para elaborar uma nova legislação que regulamentasse esses recursos.
Essas medidas geraram atritos com o , especialmente com o presidente da Câmara, Arthur Lira. Apesar disso, o governo conseguiu redirecionar parte dos recursos para projetos próprios. Além disso, a liberação das verbas em novembro contribuiu para aliviar as contas públicas. No entanto, a insatisfação de parlamentares com as decisões ainda persiste.
No campo ambiental, Dino assumiu a relatoria de processos relacionados a desastres climáticos depois que André Mendonça abriu mão da função. Ele utilizou um modelo de decisões conhecidas como “em cascata”.
Esse formato viabilizou a criação de uma mesa de conciliação entre a União, os Estados e o Ministério Público. Em setembro, Dino autorizou a emissão de créditos extraordinários para combater incêndios no Pantanal e na Amazônia. Ele também alterou regras para facilitar a contratação de brigadistas.
“Só existe responsabilidade fiscal verdadeira com responsabilidade ambiental”, disse Dino durante a reunião de conciliação. “O resto é hipocrisia.”
Fonte: revistaoeste