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Política

‘Fim das ‘saidinhas’: Flávio Bolsonaro otimista com aprovação de projeto de lei’

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Relator do projeto de lei (PL) 2253/2022, que acaba com as saídas temporárias de presos em datas comemorativas, as chamadas “saidinhas”, o senador acredita que a proposta deve ser aprovada, nesta terça-feira, 20, pelo plenário do Senado.

“A gente vai fazer a votação dele em plenário e eu espero que ele seja aprovado, tem tudo para ser aprovado”, disse o parlamentar a . “Porque essa é uma demanda que a grande maioria dos parlamentares, acho que a exceção de alguns do , entendem que tem que acabar com esse benefício que não ressocializa ninguém e traz ainda mais risco a segurança pública em todo o país.”

Como mostrou , o mérito do texto será analisado pelos senadores nesta tarde. Depois de ser na terça-feira 6, pois Flávio apresentou um requerimento de urgência.

Os parlamentares aprovaram o documento na quarta-feira 7 e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), incluiu PL das ‘saidinhas’ na pauta de hoje. Se aprovado o teor do texto, ele segue para a Câmara dos Deputados.

O texto saiu da Casa Baixa em 2022, mas foi alterado no Senado. Flávio Bolsonaro explicou que ainda não conversou com os membros da Câmara, pois espera o Senado aprovar o texto primeiro.

“No ato seguinte, imediatamente, eu vou pedir ao presidente [da Câmara] Arthur Lira (PP-AL) que também ê uma urgência nesse projeto para que seja votado logo na Câmara e as saidinhas possam ser extintas o quanto antes.”

As “saidinhas” são concedidas pela Justiça a presos do sistema semiaberto que já cumpriram pelo menos um sexto da pena, no caso de réu primário, e um quarto da pena, em caso de reincidência, entre outros requisitos.

Como mostrou , havia a expectativa de manter o mesmo texto que veio da Câmara em 2022. No caso, a matéria acabaria com todas as hipóteses de saída no semiaberto, até mesmo para estudo e trabalho — direito garantido há quase 40 anos pela Lei de Execuções Penais.

Contudo, de todas as emendas apresentadas pelos membros da comissão, Flávio acatou apenas a emenda do senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR). Desse modo, o texto aprovado pela comissão mantém a saída temporária, mas com aplicação restrita aos presos em regime semiaberto que frequentem curso supletivo profissionalizante ou de instrução do ensino médio, ou superior.

“Nesse caso, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes’”, continuou o relatório. “Além disso, propõe que esse benefício, bem como o trabalho externo sem vigilância direta’, não seja concedido ao condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo ou com violência, ou grave ameaça contra pessoa.”

A legislação brasileira, atualmente, já nega a “saidinha” para condenados por crimes hediondos com resultado de morte. O texto aprovado busca aumentar essa restrição aos casos de crimes cometidos com violência ou grave ameaça.

assassino do sargento roger dias cunha - protesto
Protesto Em Cartaz Sobre O Túmulo Do Sargento Roger Dias Cunha: O Assassino Dele Estava Na Rua Graças A Uma Decisão Judicial | Foto: Reprodução/Instagram/@Paulomartins222

A morte do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, que (MG), trouxe o debate sobre o fim das saidinhas à tona nos últimos dias. O projeto recebeu o nome de Lei Sargento Dias em homenagem ao agente.

O assassino de Roger da Cunha tinha 18 registros por crimes como roubo, tráfico, falsidade ideológica, receptação, ameaças e agressão. O criminoso desfrutava da saída temporária de fim de ano. Ele não teria retornado à prisão depois de ter desfrutado do benefício.

No de São Paulo, somente na virada do ano, dos 34.547 presos beneficiados com a saída temporária,1.566 não retornaram aos presídios. No Rio de Janeiro, 1.785 presos saíram das penitenciárias, e 253 não retornaram.

Desses, três são chefes do Comando Vermelho, considerados criminosos de alta periculosidade: Paulo Sérgio Gomes da Silva, o “Bin Laden”, responsável pelo tráfico de drogas no Morro Santa Marta, em Botafogo; Saulo Cristiano Oliveira Dias, conhecido como “SL”, do Complexo do Chapadão; e Willian da Silva.

Fonte: revistaoeste

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