Falta de médicos, aumento exorbitante de pessoal na máquina pública e falta de medicamentos para tratamento de doenças crônicas. Estes foram alguns dos grandes problemas encontrados pelo interventor da saúde de Cuiabá, procurador Hugo Felipe Lima e sua equipe do Gabinete de Intervenção. Ao todo, conforme documento divulgado, são quase 140 mil pessoas que estão desassistidas.
“Na atenção básica, há falta de 31 médicos de saúde da família. Considerando que cada equipe de saúde da família é responsável pelo cuidado de, em média, 4.500 pessoas, pode-se afirmar que possuímos 139.500 cidadãos cuiabanos desassistidos”, destaca trecho do documento.
O grupo de intervenção também percorreu unidades de Saúde da Capital e confirmou as denúncias que eram feitas.
“Nas Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas, UPAs e Hospitais, foi identificada falta de medicamentos de uso contínuo para tratamento de doenças crônicas, como diabete, hipertensão, falta de insumos para realização de curativos dos mais simples aos mais complexos e falta de equipe para administração de medicamentos endovenosos, não havendo sequer soro fisiológico para realização de cuidados básicos como lavagem oftalmológica, odontológica, curativos e infusões venosas para tratamento de urgências na atenção primária”, aponta outro trecho.
Ainda segundo o grupo, em um período de seis anos, houve um aumento de 115% no número de contratados temporários na saúde, saltando de 2.075 para 4.452 (dados do Portal da transparência da Prefeitura de Cuiabá). No mesmo período, entretanto, a população cuiabana cresceu 10,1%”.
Recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a prévia da população dos municípios mato-grossenses, com base no Censo Demográfico 2022. Cuiabá alcançou 694.244 mil habitantes.
Fonte: esportesenoticias