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Política

Escritório de advocacia encerra representação do Twitter/X em processos no STF

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O escritório de advocacia Pinheiro Neto, anteriormente responsável pela defesa do Twitter/X no em processos atribuídos ao ministro Alexandre de Moraes, deixou de representar a empresa no dia 6 de setembro.

Em comunicado enviado à imprensa, a assessoria do escritório afirmou que a decisão foi tomada pela empresa gerida pelo empresário . “Desde 6, por decisão do cliente, o Pinheiro Neto não representa mais o X Brasil nos processos em curso no STF”, informou a nota.

Em abril, antes da suspensão do no Brasil, a defesa da empresa havia enviado um documento ao Supremo em que afirma que as ordens judiciais seriam “integralmente cumpridas”. O envio ocorreu em um contexto em que o proprietário da plataforma ameaçava não obedecer a decisões judiciais no país.

Na ocasião, o escritório também garantiu que o X Brasil se comprometeria a comunicar ao ministro Moraes “quaisquer informações sobre o tema que venha a receber da X Corp., em cumprimento ao seu dever de transparência e lealdade processual”.

Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas da empresa Starlink, de Elon Musk, para garantir o pagamento de multas impostas pelo STF | Foto: Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo
Além De Bloquear O Twitter/X, Moraes Também Congelou As Contas Da Starlink, Empresa De Internet De Elon Musk | Foto: Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Moraes bloqueou a plataforma em 30 de agosto, depois de Elon Musk, dono da rede social, descumprir ordem de nomear um representante legal do Twitter/X no Brasil. A “intimação” foi feita por meio da plataforma.

O bloqueio do Twitter/X foi chancelado por unanimidade na 1ª Turma do STF: votaram com Moraes os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

A determinação é válida até que a plataforma designe uma pessoa física ou jurídica como porta-voz e pague multas por descumprimento de bloqueios de perfis. O valor passa de R$ 18 milhões.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, orientou, na quarta-feira 11, o STF a rejeitar duas ações que tentam anular a suspensão da rede social Twitter/X no Brasil. As ações foram apresentadas pelo partido Novo e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A decisão de suspender o Twitter/X foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmada por unanimidade pelos ministros da 1ª Turma do STF. O Partido Novo alega que a suspensão é desproporcional e afronta a liberdade de expressão, além de afetar o debate público nas eleições de 2024.

O Novo também sustenta que a decisão beneficia o ministro Moraes ao suavizar narrativas de grupos políticos contrários a ele. A OAB solicita ao STF que anule a multa de R$ 50 mil para aqueles que utilizarem “subterfúgios tecnológicos”, como VPN, para acessar o Twitter/X.

A PGR já havia concordado previamente com a suspensão do Twitter/X, considerando a medida adequada. Agora, a Procuradoria reitera que a ADPF não é o mecanismo correto para contestar uma decisão do STF ou de seu colegiado.

“Se contra a decisão judicial do STF a ordem processual admite algum recurso, este há de ser o procedimento cabível para que o próprio STF reveja a sua deliberação. Não havendo mais recurso, a decisão se torna definitiva, como decisão da Corte, suficiente em si para expressar a posição do STF para todos os fins devidos”, declarou Gonet.

Fonte: revistaoeste

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