A defesa do coronel Marcelo Câmara, preso por participação no suposto plano de golpe de estado, pediu ao supremo tribunal federal (STF) que afaste o ministro Alexandre de Moraes do caso. O ofício foi enviado nesta quarta-feira, 14, para o presidente da corte, Luís Roberto Barroso.
De acordo com a defesa, Alexandre de Moraes deveria ser impedido de julgar os processos. Isso porque estaria “intimamente” interessado no julgamento, por figurar como alvo dos investigados. “O julgador não pode ser a um só tempo juiz e interessado”, sustentou o advogado Eduardo Kuntz.
Em outro ofício, desta vez enviado para o próprio Alexandre de Moraes, a defesa pede que o ministro lhe entregue as provas do processo. O advogado pede as informações obtidas por quebras de sigilo bancário, fiscal e por dados telemáticos.
Kuntz sugere que o ministro é imparcial para julgar o caso. “Não se pode tolerar a manipulação da jurisdição para o atendimento de intentos vingativos e punitivistas ou quaisquer outros interesses escusos”, afirmou.
. O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares também fariam parte do que a PF viu como ruptura institucional.
“As providências, quando necessárias, serão tomadas em conformidade com as decisões jurídicas acerca do assunto”, . “O exército, enquanto instituição que prima pela legalidade e pela harmonia entre os demais entes da República, vem colaborando com as autoridades policiais nas investigações conduzidas.”
Na semana passada, agentes da PF cumpriram mandados judiciais contra sete militares da ativa da força, no âmbito da Operação Tempus Veritatis.
Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, os investigados foram afastados de suas funções. O grupo, contudo, deve permanecer nos quadros da Força, sem exercer nenhuma atividade, mas com a manutenção do salário.
Fonte: revistaoeste