O Ministério das Relações Exteriores (MRE) condenou, nesta quarta-feira, 31, o bombardeio aéreo conduzido pelas Forças de Defesa de Israel em uma área residencial na cidade de Beirute, capital do Líbano. Segundo Israel, o alvo da ação era o comandante do grupo terrorista Hezbollah, Fu’ad Shukr, que, conforme o país, morreu no ataque.
Em nota [leia a íntegra ao final da reportagem], o governo brasileiro apelou ainda às autoridades israelenses e ao grupo terrorista para não realizarem novas ofensivas que possam expandir o conflito no Oriente Médio.
“[O Brasil] exorta as autoridades israelenses e o Hezbollah a se absterem de ações que possam vir a expandir o conflito, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e a segurança internacional”, informou o Itamaraty em nota.
O bombardeio ocorreu na terça-feira 30 em resposta a um ataque, que seria de autoria do grupo terrorista, às Colinas de Golã, ocupadas por Israel. O atentado nas Colinas matou 12 crianças e adolescentes e feriu 44 pessoas no final de semana.
Israel assumiu a responsabilidade por um ataque em Beirute, capital do Líbano, que resultou na morte do líder militar do Hezbollah, Fu’ad Shukr. No entanto, o país não confirmou nem negou envolvimento na morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, capital do Irã. pic.twitter.com/IkYLZeMgYk
— Revista Oeste (@revistaoeste) July 31, 2024
Em nota, o Itamaraty informou que acompanha com “extrema preocupação” o aumento do conflito entre Israel e o Hezbollah. “A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países”, comunicou o governo.
O Brasil pediu ainda à comunidade internacional que recorra a todos os “instrumentos diplomáticos” para conter a escalada do conflito.
Nas últimas horas, o bombardeio no Líbano não é o único gerador de tensão no Oriente Médio. Nesta madrugada, o líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã, no Irã.
Ele era o principal nome do braço político do Hamas, sendo morto durante uma visita à posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, segundo o próprio Hamas. O Irã acusou Israel pelo assassinato do chefe do Hamas e prometeu “punição severa”, mas Israel não assumiu a autoria da morte.
“O governo brasileiro condena o ataque aéreo conduzido por Israel ontem, 30/07, em área residencial de Beirute.
O Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah. A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países.
Desse modo, exorta as autoridades israelenses e o Hezbollah a se absterem de ações que possam vir a expandir o conflito, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e a segurança internacional.
O governo brasileiro apela à comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição para conter imediatamente o agravamento do conflito.”
Fonte: revistaoeste