Na segunda-feira 10, o porta-voz da , Manuel Adorni, anunciou que o país examinará individualmente os pedidos de refúgio de brasileiros investigados pelo . A decisão dependerá de critérios legais e de “factibilidade”.
Adorni ressaltou que não é possível antecipar decisões e que a Argentina fornecerá informações solicitadas pelo conforme a lei. Estima-se que cerca de cem brasileiros tenham buscado refúgio no país vizinho, segundo membros do governo Lula.
Esses processos podem atrasar os pedidos de extradição dos brasileiros foragidos, uma vez que a tramitação dos pedidos de refúgio suspende temporariamente as solicitações. “É preciso ver se cumprem os requisitos ou não”, disse Adorni. “Não podemos antecipar nenhuma decisão.”
A Polícia Federal está listando os brasileiros que possuem mandados de prisão e estão na Argentina. Depois do levantamento, a lista de nomes será enviada ao para que os pedidos de extradição sejam feitos.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, encaminhará a documentação relativa ao pedido ao Ministério da Justiça. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) vai analisar os documentos antes de enviá-los ao Ministério de Relações Exteriores.
O Itamaraty, por sua vez, remeterá o caso ao órgão homólogo ao DRCI na Argentina. No país vizinho, um juiz de primeiro grau analisará o caso, e a decisão final sobre a extradição será do presidente .
Este é um dos fatores que geram pessimismo em integrantes do governo Lula quanto aos eventuais pedidos de extradição. A aliança de Milei com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é vista como um complicador adicional para a entrega dos foragidos.
Fonte: revistaoeste