Com o início das atividades de campo da safra 2025/26, parte dos sojicultores brasileiros tem se afastado das negociações no mercado spot, movimento que vem pressionando os preços da oleaginosa para cima, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
A priorização do plantio e o baixo volume de vendas imediatas reduziram a oferta interna e sustentaram também os prêmios de exportação. Pesquisadores do Cepea explicam que os produtores estão cautelosos, acompanhando o clima e apostando em uma possível melhora na demanda externa, especialmente da China, no último trimestre do ano.
As expectativas positivas são alimentadas pelas incertezas nas relações comerciais entre os Estados Unidos e o país asiático, o que pode favorecer a soja brasileira no mercado internacional. Esse cenário reforça a tendência de manutenção dos preços em patamares elevados no curto prazo.
No mercado interno, indústrias esmagadoras seguem ativas nas compras, buscando garantir matéria-prima para atender à demanda por farelo e óleo de soja. No entanto, muitas relatam dificuldade em adquirir novos lotes, diante da resistência dos produtores em negociar.
Com a atenção voltada à semeadura e à evolução do clima nas principais regiões produtoras, o mercado de soja brasileiro inicia outubro em ritmo mais lento nas transações, mas com preços firmes e sustentação vinda tanto da demanda interna quanto da perspectiva de aumento nas exportações.
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Fonte: cenariomt