Plano de saúde nega cirurgia cerebral de bebê e vaquinha arrecada US$ 100 mil

A solidariedade vence a ganância. Depois que um plano de saúde negou uma cirurgia cerebral para um bebê, amigos da família abriram uma vaquinha online e arrecadaram US$ 100 mil (mais de 540 mil) em poucos dias.
A meta foi batida depois que a história do pequeno Cameron foi contada pela imprensa de Nova Iorque (EUA) e comoveu milhares de pessoas.
Agora, o menino vai finalmente fazer a cirurgia delicada. E depois da noticia boa veio outra: o plano de saúde Independent Health perdeu na apelação feita na justiça e foi obrigado a bancar a operação da criança.
A história do bebê
A história começou em setembro de 2024, quando Cameron sofreu um coágulo sanguíneo e um derrame, após apresentar sintomas semelhantes aos de uma convulsão com apenas um dia de vida.
No Hospital Infantil Oishei, na região de Buffalo, onde ficou 19 dias internado, descobriram que o hemisfério esquerdo do cérebro dele estava danificado, o que limitaria as habilidades motoras, executivas e de fala do menino.
Aí os sintomas convulsivos voltaram e ele foi diagnosticado com uma forma de epilepsia infantil resistente ao tratamento. Precisava de uma cirurgia rara e drástica, conhecida como hemisferotomia. As convulsões estavam ocorrendo na metade esquerda danificada do cérebro e corriam o risco de danificar também a parte direita.
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A cirurgia do Cameron
A cirurgia era a única saída, com 92% de chance de melhorar a qualidade de vida e aliviar o desenvolvimento da doença.
Mas o plano de saúde negou o pedido porque o hospital capacitado para a operação, o Hospital Infantil de Pittsburgh, fica fora do estado da Pensilvânia.
Enquanto o impasse acontecia, amigos da família do Cameron abriram a vaquinha no GoFundme.
Superou expectativas
As doações chegaram a 98% da meta de US$ 100 mil. A incrível generosidade de estranhos comoveu os pais do menino, Brad e Alyssa Casacci.
“O GoFundMe realmente superou todas as expectativas”, escreveram os organizadores da vaquinha.
“Sabíamos que as pessoas iriam querer ajudar Brad, Alyssa e Cameron, mas nada poderia nos preparar para essa demonstração de apoio. A verdadeira jornada está apenas começando e, embora a cirurgia seja o primeiro grande passo para uma vida sem convulsões para Cameron, a família tem anos de terapias e tratamentos após a cirurgia.”
Vitória na justiça
Nesse intervalo de tempo, a família apelou na justiça contra o plano de saíde e ganhou: a Independent Health foi obrigada a pagar pela cirurgia.
Agora os pais do menino vão usar o dinheiro arrecadado para criar um fundo médico para o Cameron.
O valor será usado para pagar por programas de terapia intensiva, tratamentos e adaptações domiciliares nos próximos anos, com proteção contra impostos.
Tudo isso fez aumentar as esperanças da família, que segue confiante na cirurgia para dar qualidade de vida ao pequeno Cameron.
Fonte: sonoticiaboa