O plano militar israelense para Gaza motivou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU neste domingo (10), resultando em críticas de diversos países. O embaixador palestino, Riyad Mansour, pediu que fosse interrompido o que classificou como genocídio e que o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fosse discutido. Segundo ele, a ofensiva busca anexar territórios e inviabilizar um Estado palestino.
Durante o encontro, quatro membros permanentes do Conselho — Rússia, China, França e Reino Unido — questionaram a proposta, enquanto os Estados Unidos defenderam o direito de Israel decidir suas medidas de segurança. Mansour destacou que mais de dois milhões de pessoas vivem sob dor extrema em Gaza e acusou Israel de prolongar o conflito por razões políticas, não apenas militares.
Em paralelo, Netanyahu afirmou em Jerusalém que a ofensiva contra a Cidade de Gaza e campos de refugiados será lançada em breve, considerados os últimos redutos do Hamas. O representante adjunto de Israel na ONU, Jonathan Miller, negou qualquer intenção de ocupação permanente do enclave. Já a diplomata norte-americana Dorothy Shea rejeitou as acusações de genocídio, classificando-as como falsas.
Mansour também lembrou que, desde 7 de outubro de 2023, quando um ataque do Hamas matou 1.200 pessoas em Israel, mais de 60 mil palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, teriam sido mortos pela ofensiva israelense.
Fonte: cenariomt