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Pix permanecerá sob controle público, confirma presidente do Banco Central

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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que o Pix seguirá sob gestão pública por ser uma infraestrutura estratégica para o país. A declaração foi feita nesta quarta-feira (6), durante um evento do setor de criptoativos no Rio de Janeiro. Galípolo criticou a propagação de fake news sobre o sistema e defendeu sua importância para a segurança econômica nacional.

“O Pix se revela uma infraestrutura estratégica e crítica para o país. É uma segurança que ele possa ser gerenciado pelo Banco Central”, destacou o presidente.

Segundo Galípolo, a gestão pública evita conflitos de interesse que poderiam surgir caso empresas privadas assumissem o controle do sistema. Ele reiterou que a ferramenta foi desenvolvida pelo BC como uma infraestrutura digital pública e continuará sendo administrada dessa forma.

“Se tivéssemos qualquer incumbente privado como gestor do Pix, imaginem os conflitos a cada decisão sobre incluir ou excluir participantes do sistema”, alertou.

O presidente do BC lamentou que o sistema, em operação desde 2020, tenha se tornado alvo de desinformação. “Vivemos um momento em que versões muitas vezes são mais interessantes do que os fatos. Isso dificulta a compreensão da complexidade do tema”, afirmou.

Ferramenta de inclusão

Galípolo também destacou o papel social do Pix ao promover a inclusão financeira. Com mais de 858 milhões de chaves cadastradas e cerca de 250 milhões de transações diárias, a ferramenta ampliou o acesso da população à infraestrutura bancária, segundo o BC.

Ele negou que o Pix tenha prejudicado outros meios de pagamento. Dados da autoridade monetária indicam que, de 2020 a 2024, as transações com cartões de crédito cresceram 20,9%, enquanto entre 2009 e 2019, a taxa era de 13,1%.

“Cartões de crédito, débito e pré-pagos seguem crescendo acima do que cresciam antes do Pix. Isso desmonta a narrativa de rivalidade ou de que um meio estaria canibalizando o outro”, pontuou Galípolo.

Alvo de investigação

O sistema de pagamentos também entrou no radar internacional. Desde julho, o Pix passou a integrar uma investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil. O Escritório do Representante de Comércio dos EUA questiona se o modelo brasileiro impõe barreiras a instituições financeiras norte-americanas.

A investigação pretende apurar se práticas relacionadas ao comércio digital e a tarifas preferenciais seriam “irracionais ou discriminatórias”, com possível impacto negativo sobre a competitividade de empresas dos Estados Unidos.

Fonte: cenariomt

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