Em Mato Grosso, por exemplo, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), pré-candidato ao governo do Estado em 2026 no arco de aliança do governador Mauro Mendes (UNIÃO), é um nome que tem recebido afagos até de integrantes do Partido Liberal.
Ao que tudo indica, ele vai para a disputa ao governo em 2026 tendo como principal oponente o senador Wellington Fagundes, pré-candidato pelo PL.
Em entrevista nesta quinta-feira (6), o vice-governador foi questionado sobre os elogios que tem recebido diretamente de filiados do PL e afirmou que o tratamento é por conta que ele tem diversos amigos dentro do partido.
“[Os elogios são] naturais porque eu tenho muitos amigos no PL, tenho muitos amigos que são gestores municipais e muitos amigos”, disse. “Não sei o que falar sobre isso”, continuou aos risos.
Perguntado se esse veto a elogios pode impactar negativamente em seu projeto para 2026, o republicano respondeu que não e destacou que o que realmente tem peso é o apoio popular. “O que pode prejudicar é a não aceitação popular, o resto a gente vence”.
Em entrevista à Rádio Cultura há exatamente uma semana, na quinta-feira (31), Flávia Moretti afirmou que o partido precisará reavaliar sua estrutura diante de possíveis saídas e classificou Pivetta como “um puta nome”.
“Adoro o Pivetta. Ele está fazendo muito por nós, pela saúde, junto com o governador Mauro Mendes, dentro do nosso município”, declarou.
Naquela mesma semana, na sexta-feira (3), a prefeita fez elogios a Pivetta pela parceria entre governo e município na saúde. Contudo, ela fez questão de frisar que seguirá a orientação do PL, que tem Fagundes como pré-candidato ao Palácio Paiaguás.
Já no mês passado, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que mantém boa relação com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e vê com naturalidade sua pré-candidatura ao Governo de Mato Grosso, mas ponderou que não irá atuar politicamente contra o projeto do próprio partido, ou seja, o senador Wellington Fagundes (PL).
Abilio revelou que chegou a convidar pessoalmente Pivetta para se filiar ao PL, mas reconheceu que essa eventual mudança de legenda exigiria articulação com outras lideranças da sigla. “Eu gostaria [de caminhar com Pivetta], fiz até um convite para ele se filiar ao PL. Ele está avaliando, tem o tempo dele pra isso. Mas o PL tem um pré-candidato: Wellington Fagundes”.
A possível reconfiguração de alianças envolvendo Republicanos, PL e União Brasil está entre os temas centrais do processo sucessório em Mato Grosso. Os movimentos dos principais líderes — como Mauro Mendes, Pivetta, Wellington e Abilio — tendem a moldar o desenho da disputa eleitoral de 2026 nos próximos meses.
Fonte: Olhar Direto