Segundo Pivetta, não há motivos para afastar o secretário. “Não tem nada que incrimine o Alan e ele não está em uma posição que possa atrapalhar as investigações. As investigações são da Seaf (Secretaria de Agricultura Familiar) com as empresas que se relacionaram com ela. Portanto, o Alan está longe disso, não tem por que mexer com ele”, afirmou.
O governador em exercício ressaltou que o governo estadual tem colaborado com os órgãos de controle e que a apuração começou a partir de informações repassadas pela própria gestão.
“Nós que demos início a isso aí através da Controladoria. Foi notícia nossa para a Controladoria. Nós nunca impedimos, nunca dificultamos investigação nenhuma”, disse. Para ele, cabe ao Judiciário e às forças policiais conduzir as apurações, enquanto o Executivo mantém suas funções: “Governo governa. Quem faz investigação é o Ministério Público, a Polícia Civil”.
À época dos fatos investigados, Alan Kardec era deputado estadual e, segundo a reportagem, teria destinado verbas a instituições ligadas ao grupo empresarial investigado. A Polícia aponta que empresas favorecidas estariam ligadas ao empresário Alessandro do Nascimento, suspeito de ser sócio oculto no esquema e de lavar dinheiro no exterior.
Além de Kardec, outros 14 deputados estaduais, incluindo nomes como Eduardo Botelho (União), Carlos Avalone (PSDB) e Faissal Calil (PL), além do atual prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), também são mencionados na investigação. Todos negam qualquer envolvimento em irregularidades.
Alan Kardec assumiu o comando da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação em 2023, após encerrar seu mandato como deputado. Ele ainda não se manifestou publicamente sobre a citação na investigação.
Fonte: Olhar Direto
