Estúdios fechados e veteranos saindo
O impacto foi sentido de forma profunda em diversos estúdios. A Rare perdeu o veterano Gregg Mayles após 35 anos na empresa com o cancelamento de Everwild. O estúdio The Initiative foi fechado, encerrando a reinicialização de Perfect Dark. A Crystal Dynamics, que auxiliava no desenvolvimento do jogo, também teve sua parceria encerrada com a Microsoft.
Spencer permanece no cargo e nega aposentadoria
Apesar dos rumores nas redes sociais sobre uma suposta saída do CEO da Microsoft Gaming, Phil Spencer, a informação foi rapidamente negada. Segundo o The Verge, a chefe de comunicações do Xbox, Kari Perez, afirmou: “Phil não vai se aposentar tão cedo”. A especulação apontava que Sarah Bond assumiria seu lugar após o lançamento da próxima geração do Xbox — o que agora está confirmado como falso.
Spencer lidera o Xbox desde 2014 e foi promovido a CEO da Microsoft Gaming em 2022. Desde então, esteve à frente de grandes decisões, como a aquisição da Activision Blizzard e múltiplas reestruturações internas.
“Nossa plataforma, hardware e roteiro de jogos nunca pareceram tão fortes. O sucesso que estamos vendo atualmente é baseado em decisões difíceis que tomamos anteriormente. Devemos fazer escolhas agora para o sucesso contínuo nos próximos anos e uma parte fundamental dessa estratégia é a disciplina para priorizar as oportunidades mais fortes. Protegeremos o que está prosperando e concentraremos o esforço nas áreas com o maior potencial, ao mesmo tempo em que atenderemos às expectativas que a empresa tem para o nosso negócio. Essa abordagem focada significa que podemos oferecer jogos e experiências excepcionais para os jogadores por gerações futuras.”
Xbox em plataformas concorrentes e escolhas do passado
No início de 2025, Spencer abordou a decisão de publicar jogos do Xbox em outras plataformas. “Não estou mais tentando movê-los para o Xbox”, declarou. “Estamos todos tão investidos em onde estão nossos jogos, vamos apenas permitir que mais pessoas joguem. E sim, os 70% que fazemos em jogos em outras plataformas são úteis para que possamos construir ótimos portfólios, como mostramos no Developer Direct.”
Em entrevista anterior, ele também reconheceu decisões erradas do passado: “Tomei algumas das piores decisões de escolha de jogo”, disse, referindo-se a projetos recusados como Destiny e Guitar Hero. “Eu não sou uma pessoa do tipo arrependida… Eu poderia olhar para trás e dizer —,” ele gesticula com o punho, “mas não, eu tento olhar para frente e ser positivo sobre as coisas que estamos fazendo.”
Impactos ainda se desdobram
A extensão total das demissões e seus efeitos ainda estão sendo apurados. Além dos projetos cancelados, relatos indicam cortes de até 50% na equipe da Turn 10 Studios (Forza Motorsport) e cerca de 200 demissões na King, responsável por Candy Crush.
Novas informações devem continuar surgindo nos próximos dias à medida que a Microsoft reestrutura seu império de jogos. A comunidade gamer e desenvolvedores observam atentamente os próximos passos da empresa.
Fonte: cenariomt