Política

PGR solicita continuação da detenção de Marcelo Câmara por obstrução à delação de Cid

2025 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O chefe da (PGR), Paulo Gonet, defendeu no Supremo Tribunal Federal (STF) a continuidade da prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara. Ex-assessor de , ele é acusado de tentar interferir em delação premiada do tenente-coronel .

O pedido de liberdade feito pela defesa de Câmara foi contestado pelo chefe do Ministério Público, com base em novas evidências apresentadas ao STF.

Marcelo Câmara está preso desde o mês passado, depois de seu advogado, Eduardo Kuntz, relatar ao Supremo ter mantido conversas com Mauro Cid, em busca de informações sobre a delação. Nos diálogos, registrados em capturas de tela, Kuntz pediu a Cid que não mencionasse Câmara em depoimentos e sugeriu que ele mudasse de advogado.

PGR pede manutenção da prisão de Marcelo Câmara, acusado de interferir na delação de Cid
O Coronel Marcelo Câmara, Ex-Ajudante De Ordens De Bolsonaro | Foto: Reprodução Redes Sociais

Kuntz chegou a oferecer seus próprios serviços. Entre as mensagens enviadas ao perfil atribuído a Mauro Cid, estão frases como: “Poxa…pede para ele falar sobre o Câmara…vc sabe que ele não fez nada de errado” e “Aquela história da Professora… o Câmara falou que se você disser que Professora é a Madre Tereza, ele passou a informação errada”.

Para Gonet, esses registros sugerem que Marcelo Câmara sabia das conversas entre seu advogado e Mauro Cid, além de usar esse conteúdo como argumento em sua defesa. O procurador-geral entende que os fatos apresentados demonstram riscos reais para a investigação e aplicação da lei penal, o que justifica a manutenção da prisão preventiva.

Eduardo Kuntz, advogado de Marcelo Câmara | Foto: Reprodução/YouTube/CNN
Eduardo Kuntz, Advogado De Marcelo Câmara | Foto: Reprodução/Youtube/Cnn

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar o episódio. Segundo Gonet, “a pretensão do agravante de adquirir dados afetos a acordo de colaboração premiada então protegidos por sigilo evidenciam o concreto risco à conveniência da instrução criminal e à aplicação da lei penal”.

Marcelo Câmara já havia sido preso entre janeiro e maio do ano passado, quando a Polícia Federal identificou monitoramento do ministro Alexandre de Moraes por parte do coronel. Depois de ser solto mediante medidas cautelares, Câmara voltou à prisão devido aos novos fatos trazidos por sua própria defesa.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.