Depois de quase seis anos afastada do segmento, a decidiu retomar sua atuação direta na distribuição de gás de cozinha, conforme aprovado pelo Conselho de Administração da estatal.
O anúncio foi feito na noite da quinta-feira 7, por meio de comunicado ao mercado no qual a companhia confirmou a reentrada no setor de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
No documento, a Petrobras informou que a decisão envolve a criação de uma nova área voltada à distribuição de GLP, o que pode significar a volta das vendas diretas ao consumidor, algo que não ocorre desde a privatização da Liquigás.
A empresa não detalhou como se dará essa atuação, mas sinalizou integração com outros negócios no Brasil e no exterior, além da oferta de soluções de baixo carbono para clientes.

Até 2020, a estatal mantinha presença em duas frentes de distribuição: por meio da Liquigás, no engarrafamento e na comercialização de gás de cozinha, e da BR Distribuidora, no mercado de combustíveis líquidos.
A Liquigás foi totalmente privatizada em 2020, sendo vendida em 2019, por cerca de R$ 4 bilhões, para um consórcio formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás.
O preço do botijão de gás tem sido alvo de críticas do presidente (PT), que abordou o tema em discursos recentes.
“O botijão de gás é vendido pela Petrobras às distribuidoras por R$ 37”, disse Lula, em maio. “Não tem explicação ele chegar a R$ 120. Alguém está ganhando muito dinheiro com isso. No meu primeiro mandato, comprei a Liquigás para regular o preço. Hoje, quatro empresas controlam 90% da distribuição de gás.”
A BR Distribuidora, outra subsidiária da Petrobras, também foi privatizada durante o governo de Jair Bolsonaro. O controle da empresa foi vendido em 2019, e atualmente ela opera sob o nome Vibra, embora os postos continuem ostentando as marcas “Petrobras” e “BR”.
Fonte: revistaoeste