Uma pesquisa realizada pelo Ranking dos Políticos revela que a maioria dos congressistas é favorável à anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o levantamento, 50% dos deputados apoiam o avanço da proposta, enquanto 46,2% dos senadores disseram ser favoráveis ao perdão.
Na Câmara dos Deputados, os parlamentares contrários somam 41,8%, enquanto 8,2% não sabiam ou não responderam. Já no Senado, os votos contrários representam 38,4%, enquanto a porcentagem de indecisos é maior: 15,4% não sabem ou não responderam.
O estudo foi conduzido entre os dias 11 e 12 de fevereiro de 2025 e ouviu 110 deputados federais de 18 partidos e 26 senadores de 11 legendas, segundo o critério de proporcionalidade partidária. A coleta de dados foi feita pessoalmente ou por contato telefônico.
Atualmente, o , de autoria do deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. O projeto prevê o perdão judicial para aqueles que participaram dos protestos e das invasões às sedes dos Três Poderes em Brasília.
A pesquisa destaca que, apesar da falta de avanços no andamento do projeto sobre a anistia, há um expressivo apoio entre os parlamentares para que o tema seja discutido no Congresso Nacional.
“Apesar de pouca evolução na tramitação do projeto de lei na temática e da sensibilidade do tema, há uma parcela grande de apoio entre os parlamentares que apoiam o avanço do PL da Anistia”, diz o relatório.
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira, 18, que já há apoio suficiente na Câmara dos Deputados para conseguir aprovar a anistia aos presos políticos do 8 de janeiro de 2023.
“Acho que na Câmara já tem quórum para aprovar a anistia”, afirmou Bolsonaro. “Há dez dias conversei com o Kassab, uma conversa reservada. Hoje, o que sinto, conversando com parlamentares como os do PSD, é que a maioria votaria favorável.”
Bolsonaro disse não ter feito um “pedido específico” sobre a anistia aos presidentes da Câmara e do Senado, (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente. “Pedi que seja seguido o regimento”, afirmou.
“Não vai ter dificuldade em colocar em pauta”, analisou o ex-presidente. “Acho que o Hugo Motta tem dado declarações, recebeu aquela senhora com seis filhos, cujo marido, condenado há 14 anos de prisão, está foragido e acredita-se que está na Argentina.”
Bolsonaro deu a declaração a jornalistas depois de um almoço com senadores aliados na Casa. No encontro, o presidente de honra do PL discutiu o PL da Anistia e outros temas, como mudanças na Lei da Ficha Limpa.
Fonte: revistaoeste
