O senador (UniĂŁo-PR) pretende identificar quem orquestrou o plano de sequestro que quase o colocou nas mĂŁos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Depois de a 9ÂȘ Vara Federal de Curitiba sentenciar oito pessoas pelo planejamento do rapto do ex-juiz e de seus familiares, Moro protocolou um pedido para a PolĂcia Federal (PF) continuar as investigaçÔes sobre o caso. O objetivo Ă© descobrir quem deu a ordem para sua captura e possĂvel execução, em um cativeiro prĂłximo a Curitiba.
O inquĂ©rito Ă© extenso, com mais de 7 mil pĂĄginas, e reĂșne provas significativas â incluindo operaçÔes de busca, monitoramentos telefĂŽnicos dos suspeitos, imagens de vĂtimas executadas, dados confidenciais do sistema prisional paulista e diligĂȘncias contra diversos faccionados.
As primeiras evidĂȘncias que podem levar ao mandante surgiram quando um ex-integrante da cĂșpula do PCC procurou o (MPSP) em fevereiro de 2023 e revelou que equipes da facção vinham seguindo o senador havia meses. Uma descoberta-chave no inquĂ©rito foi um bilhete encontrado em uma conta de e-mail ligada a um dos investigados. A PF acredita que as instruçÔes contidas no bilhete partiram do narcotraficante Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho.

Fuminho estĂĄ atualmente em um presĂdio federal de segurança mĂĄxima. Ele Ă© o braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o , e um dos principais fornecedores de cocaĂna do PCC no Brasil. Teria enviado ordens sobre o âProjeto M (Moro) â Parte I e IIâ. As instruçÔes de Fuminho foram parar no e-mail de Janeferson Gomes, o Nefo, designado pela cĂșpula do PCC para levantar informaçÔes detalhadas sobre a vida do senador e de seus familiares.
Esse plano, conforme explicou o promotor Lincoln Gakiya, pode ter como objetivo forçar uma troca de prisioneiros. Uma das hipĂłteses levantadas pela polĂcia Ă© que Moro poderia ser usado como moeda de troca para a libertação de Marcola, preso hĂĄ quase 30 anos.

Fonte: revistaoeste