A Polícia Federal (PF) vai ouvir o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi por suspeitas que envolvem os nomes que ele indicou para a cúpula do .
Cinco desses dirigentes já foram afastados depois da operação que investiga fraudes em descontos indevidos de aposentados.
Segundo fontes próximas ao caso, Lupi participou diretamente das nomeações. Em contrapartida, o ex-ministro nega envolvimento no esquema e garante que não é alvo da investigação.
Alessandro Stefanutto, indicado por Lupi, ocupava a presidência do INSS. Segundo o ex-ministro, a escolha se baseou apenas no currículo do servidor. Interpelado pelo portal UOL nesta segunda-feira, 6, ele optou por não responder.
A operação conjunta da PF com a apura possíveis desvios de dinheiro público e irregularidades no repasse de mensalidades para entidades sindicais, cobradas diretamente da folha dos beneficiários do INSS.
Depois da revelação do escândalo, o governo Lula forçou a saída de Lupi. Para o seu lugar, o Planalto escolheu Wolney Queiroz, ex-deputado e secretário-executivo da pasta. Ele é considerado aliado histórico do ex-ministro.
Apesar da proximidade, o governo sustenta que Lupi isolava Queiroz das decisões internas. Interlocutores afirmam que Lula teria preferido o novo ministro desde o início da gestão, mas cedeu à pressão do PDT, que exigiu o comando da pasta.
No entanto, conforme , Queiroz endossou, em seu mandato como parlamentar, uma proposta que reduziu a fiscalização sobre os descontos em folha de aposentados e pensionistas do INSS.
A emenda prorrogou o prazo para revalidação anual dessas cobranças, abrindo caminho para fraudes bilionárias. Na ocasião, a medida, articulada por entidades hoje suspeitas de irregularidades, contou com o apoio de Queiroz e outros líderes da base governista.
Fonte: revistaoeste