Após quase 20 anos, os passageiros não precisam mais remover os calçados para passar pela triagem de segurança dos aeroportos dos Estados Unidos. A mudança foi anunciada no dia 8 de junho pela Secretaria de Segurança Interna do país.
“A TSA (Transportation Security Administration) não exigirá mais que os passageiros tirem os sapatos ao passarem pelos pontos de controle de segurança. Queremos melhorar essa experiência da viagem, mantendo os padrões de segurança e garantindo a segurança das pessoas”, afirmou a secretária Kristi Noem em comunicado à imprensa.
Os viajantes continuarão passando por múltiplas camadas de segurança, como verificação de identidade, checagem de bagagens e triagens individuais. Mas a retirada dos sapatos só deve ser solicitada em ocasiões mais raras, quando a TSA considerar necessária uma avaliação adicional.
A medida tem efeito imediato. Segundo Noem, outras políticas de segurança, como a remoção de cintos e casacos, seguirão em vigor por enquanto. O mesmo vale para a retirada de computadores e líquidos de dentro de bolsas e mochilas. Porém, o Departamento de Segurança Interna está revisando estas normas – e é possível que haja outras mudanças em breve.
Por que era necessário remover os sapatos
A obrigatoriedade de tirar os calçados durante o raio-X foi imposta nos Estados Unidos em 2006, cerca de cinco anos após um incidente em que o viajante inglês Richard Reid tentou entrar no país portando explosivos em seus sapatos.
Em dezembro de 2001, apenas três meses após os ataques terroristas do 11 de setembro, Reid estava em um voo da American Airlines que saiu de Paris em direção a Miami e tentou detonar as bombas escondidas em seus calçados, mas falhou e foi contido pela tripulação e outros passageiros.
O voo foi redirecionado e pousou em segurança em Boston, onde o passageiro foi detido. O inglês se declarou culpado e recebeu sentença de prisão perpétua.
Cerca de cinco anos após essa tentativa, a TSA implementou a medida que obrigava todos os passageiros que entrassem no país, inclusive os cidadãos americanos, a removerem o sapato durante a checagem de segurança, para que os agentes pudessem conferir que não portavam explosivos.
Com o tempo e o desenvolvimento de novos scanners, deixou de ser necessário que os sapatos fossem inspecionados separadamente. “Nos 20 anos desde que essa política foi implementada, nossa tecnologia de segurança mudou drasticamente e evoluiu”, completa Noem.
Fonte: viagemeturismo