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Passado político de Wellington: como suas raízes esquerdistas podem influenciar as eleições de 2026, segundo cientista político

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Na disputa para definir quem será o candidato ao Governo de Mato Grosso pelo Partido Liberal, a história de Wellington Fagundes (PL) conta muito, afinal, o senador tem um público cativo que está ao seu lado há muitos anos. Porém, essa mesma história pode pesar contra ele, tendo em vista que os eleitores bolsonaristas não querem eleger alguém que já esteve ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A análise é feita pelo cientista político João Edson de Souza em entrevista concedida ao Leiagora. De acordo com o articulista, a história de Wellington no PL, que começa em 1990, quando o partido ainda era o PR, é louvável, porém, os eleitores da direita ideológica não esquecem que o senador já foi aliado de Lula e da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT).

“O Wellington não é eleito pelo bolsonarismo, mas pelo trabalho, pela história. Essa história daria condição de ele ser candidato ao governo do Estado? Eu vejo como algo muito difícil. O eleitor do Wellington votou nele a vida toda para deputado federal. Depois, ele conseguiu ampliar, com amplas costuras, e chegou ao Senado. Aí, ele vai para o governo e significa que essas costuras têm que melhorar. Como ele conseguiria melhorar essa costura? Eu não vejo mais margem para essa melhora. (…) O pessoal mais experiente não enxerga como fazer essa costura”, começou.

“O problema que eu vejo nesse momento é o isolamento. Ele, historicamente, é governista e é o primeiro momento que ele não está como governista, porque ele não é Lula, mas já foi. Tem muito discurso, tem muita história, e isso, no campo da comunicação, seria complicado. Ele fez muito discurso elogiando a presidente Dilma, tem fotos e tudo mais”, completou João Edison.

Neste cenário, quem ganha força é o empresário Odílio Balbinotti, que embora não seja filiado ao Partido Liberal até o momento, é muito bem visto pelos eleitores bolsonaristas. Isso porque o empresário é muito ligado à família Bolsonaro e também foi um dos grandes incentivadores de campanhas da extrema direita em todo o Brasil, fazendo doações financeiras vultosas.

O fato de o empresário ser um ‘outsider’ na política (alguém de fora que não tem histórico eleitoral) também é algo que chama muita atenção, pois faz com que ele se apresenta como uma pessoa “limpa”, sem uma mácula que possa atrapalhar na sua campanha.

“O PL cresce na virgindade, o candidato que não foi candidato a nada é o candidato outsider, que sai e cresce, e o PL cresce neste voto. (…) O Balbinotti é virgem. Qual é a história dele na política? Quando tem um candidato que não tem muita relação com o poder é aí que ele dispara. O Balbinotti tem essa vantagem em cima do Wellington”, disse João Edson.

Fonte: leiagora

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