O partido da líder opositora venezuelana María Corina Machado, , denunciou que a sede nacional da campanha da oposição e o escritório de foram invadidos na madrugada desta sexta-feira, 2.
A denúncia acontece depois de o ditador da Venezuela, , anunciar que vai aumentar a repressão contra quem duvidar de sua “vitória” nas eleições do domingo 28.
“Assalto às 3h da manhã com arma de fogo em ‘El Bejucal’, sede nacional do Comando Com Venezuela [campanha da oposição] e escritório de María Corina”, afirmou o Vente Venezuela, em publicação no Twitter/X. “Seis homens encapuzados e sem identificação dominaram os seguranças. Eles os ameaçaram e passaram a fazer pichações, arrombar portas e levar equipamentos e documentos. Denunciamos os ataques e a insegurança a que estamos sujeitos por motivos políticos e alertamos o mundo sobre a proteção dos nossos membros.”
Membros da campanha afirmam que María Corina e o presidenciável Edmundo González Urrutia estão “resguardados” e “em segurança”. Não há informações sobre suas localizações.
#URGENTE Atraco a las 3am con armas de fuego en “El Bejucal”, sede nacional del @ConVzlaComando y oficina de @MariaCorinaYA. 6 hombres encapuchados y sin identificación sometieron a vigilantes. Los amenazaron y procedieron a hacer pintas, romper puertas y llevarse equipos y… pic.twitter.com/9ey475uwRS
— Vente Venezuela (@VenteVenezuela) August 2, 2024
María Corina e Edmundo González — reconhecido como vencedor da eleição pelos Estados Unidos — denunciam uma “escalada cruel e repressiva” do regime chavista.
Ao menos 11 pessoas morreram em protestos convocados pela oposição em meio à falta de transparência do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sobre a contagem dos votos.
As denúncias de repressão não parecem estar inibindo uma escalada das ações governistas. Na quinta-feira 1º, Maduro afirmou que está preparando prisões de segurança máxima para punir opositores e disse que mais de 1,2 mil pessoas foram capturadas.
“Estamos procurando mais de mil e vamos pegar todinhos, porque eles foram treinados nos Estados Unidos, no Texas; na Colômbia, no Peru e no Chile”, declarou Maduro.
Referindo-se aos manifestantes como “terroristas”, “delinquentes” e membros de “quadrilhas de nova geração”, Maduro os comparou às gangues no Haiti.
“Querem transformar a Venezuela em um novo Haiti”, afirmou o mandatário. “Há muito caminho a percorrer, então que façam estradas”, acrescentou, em alusão à “reeducação” que será implementada nesses presídios.
María Corina se esconde da ditadura de Maduro
![Partido De María Corina Denuncia Invasão Armada À Sede Da Oposição: Entenda O Caso E As Consequências 2 maría corina machado](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/12/13314490203_b27bc6e033_b.jpg)
Em um artigo no The Wall Street Journal, María Corina disse estar vivendo na clandestinidade depois de sofrer ameaças. Fontes ouvidas por afirmam que há um mandado de prisão em aberto contra a líder da oposição.
“Escrevo isto de esconderijo, temendo pela minha vida, pela minha liberdade e pela dos meus concidadãos da ditadura liderada por Nicolás Maduro”, afirmou María Corina Machado. A oposicionista também afirmou que o ditador da Venezuela “não venceu a eleição presidencial” no último domingo, 28.
María Corina Machado destacou que o ditador Nicolás Maduro perdeu, “em uma vitória esmagadora para Edmundo González, 67% para 30%”. Disse que pode provar a apuração por meio de recebidos obtidos dos mais de 80% postos eleitorais da Venezuela.
“Sabíamos que o governo de Maduro ia trapacear”, declarou. “Sabemos há anos que o regime usa truques e estamos bem conscientes de que o Conselho Nacional Eleitoral está totalmente sob seu controle. Era impensável que Maduro cedesse à derrota.”
A líder da oposição na Venezuela relatou, no artigo, ter conhecimento de que o regime de Nicolás Maduro iria fazer “tudo em seu poder” para “sabotar e descarrilar” a campanha do ex-diplomada Edmundo González. “Mesmo que eu tenha ganhado uma primária aberta, com 92% de apoio, isso me proibiu de concorrer à Presidência”, analisou.
Fonte: revistaoeste