Maria Fraterrigo, de 81 anos, ficou impedida de embarcar de volta a Nova York, nos , porque a companhia aérea barrou o seu papagaio. O caso ocorreu em Porto Rico, onde a idosa passava férias. O animal era o seu companheiro desde a morte do marido, em 2019.
A negativa aconteceu no último sábado, 6, no Aeroporto de San Juan. Apesar de ter voado para a ilha com o papagaio, chamado Plucky, em janeiro, Maria foi impedida de voltar com ele. Segundo ela, o agente da companhia exigiu que deixasse o animal para trás.
Nesse sentido, a Frontier afirmou que papagaios não são aceitos como animais de suporte emocional, de acordo com suas regras internas. Ainda assim, a passageira relatou que havia recebido autorização antes da viagem de ida, mediante apresentação de uma laudo médico.
Depois de quatro dias de impasse e ampla repercussão na imprensa norte-americana, a companhia aérea remarcou a passagem de Maria para esta quarta-feira, 10. Dessa vez, Plucky pôde embarcar com ela. A empresa pediu desculpa e alegou “confusão” sobre as suas normas.
“Papagaios não se qualificam como animais de suporte emocional sob nossas políticas”, disse a companhia. “Estamos felizes por termos possibilitado o retorno de Plucky a Nova York. Pedimos desculpa por qualquer confusão que possa ter ocorrido em relação às nossas políticas.”
Filho da passageira mobiliza a imprensa para a liberação do papagaio
Robert Fraterrigo, filho de Maria e ex-agente federal, mobilizou a mídia e políticos de Nova York. O senador Chuck Schumer foi um dos que pressionaram pela liberação do embarque. A ABC 7 Eyewitness News publicou a primeira reportagem sobre o caso.
Com cerca de 300 gramas e 20 centímetros de altura, Plucky é descrito pela dona como tranquilo e companheiro. Maria comprou uma mochila especial para transportá-lo sob o assento. Além disso, a idosa relatou que o agente da companhia chegou a gritar com ela.
“Esse cara do balcão gritou comigo e disse: ‘Você não vai embarcar nesse voo’”, alega Maria. “Dê ele a alguém. Livre-se dele. Eu disse: ‘De jeito nenhum, não vou me livrar do meu bebê’.”
Maria, que nasceu em Porto Rico, disse que ainda se sentia nervosa antes mesmo de embarcar. Ela conta que, apesar de ser falante, Plucky costuma ficar calado durante os voos.
Fonte: revistaoeste