Na sua última semana de vida, o fez uma doação pessoal de € 200 mil (cerca de R$ 1,290 milhão) para ajudar presos em . A agência de notícias italiana Ansa confirmou a informação por meio do bispo Benoni Ambarus.
O religioso é responsável pela pastoral carcerária e por iniciativas de caridade em Roma. Conforme declaração de “Don Ben”, como Ambarus era chamado por Francisco, a doação foi retirada diretamente da conta pessoal do pontífice e fazia parte de seus últimos bens.
O dinheiro teve como destino uma fábrica de massas que funciona no centro de detenção juvenil Casal del Marmo. O bispo acrescentou que o valor de financiamentos pesava sobre o caixa da fábrica. A quitação das dívidas, segundo ele, ajudaria na redução do preço do macarrão. O objetivo seria, assim, principalmente aumentar as vendas e os empregos do local.
Francisco, então, respondeu: “Estou quase sem dinheiro, mas ainda tenho algo na minha conta”. Dessa forma, ele transferiu os € 200 mil. Durante os 12 anos em que esteve à frente da Igreja Católica, o argentino Jorge Mario Bergoglio ganhou a fama de líder caridoso. Seu próprio nome foi escolhido nesse sentido.
Ao assumir o trono de São Pedro, em 2013, o papa declarou que havia escolhido o nome de Francisco exatamente para representar os pobres. “Para mim, ele é o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e cuida da criação. Ah, como eu gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres”.
Ele afirmou ao jornal italiano Il Fatto Quotidiano que uma das razões de seu sofrimento era a indiferença. “Uma coisa que me faz sofrer muito é a globalização da indiferença, virar o rosto para o outro lado e dizer: ‘O que me importa? Não me interessa! Não é problema meu!’”.
Fonte: revistaoeste