CUIABÁ

Os bairros mais perigosos para mulheres em Cuiabá: Dom Aquino, Porto e Pedra 90 em destaque! Confira agora outros locais preocupantes.

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Dom Aquino, Porto e Pedra 90 estão entre os bairros com mais incidência de registros de violência doméstica em Cuiabá, ou seja, figuram entre os mais perigosos para as mulheres. Os dados constam no Anuário de Violência Doméstica e Crimes Sexuais – 2024, elaborado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM).

O levantamento, que foi divulgado na terça-feira (16), revela que bairros periféricos ou oriundos de antigas ocupações urbanas concentram a maior parte das ocorrências. Além dos três já citados, que lideram o ranking, sendo os dois primeiros com 52 casos e o terceiro com 49, destacam-se os bairros Jardim Florianópolis, Parque Cuiabá, Duque de Caxias e Cidade Alta. 

Conforme o relatório, essas regiões, em geral, apresentam alta densidade populacional e enfrentam deficiências de infraestrutura, fatores que podem contribuir para o aumento dos índices de violência doméstica.

Entretanto, a violência contra a mulher não é exclusividade das áreas mais periféricas. O anuário também aponta números expressivos em bairros com melhor realidade econômica, como Morada da Serra, Centro, Jardim das Américas, Quilombo, Boa Esperança e o Centro Político Administrativo.

Vale destacar que apesar dos  números já serem preocupantes, o dados podem ser ainda mais alarmantes, já que a violência doméstica é historicamente subnotificada, especialmente em áreas com menor acesso a delegacias especializadas, suporte psicológico e assistência jurídica. A ausência desses serviços dificulta a formalização de denúncias, mascarando a real dimensão do problema.

O relatório da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, referente a 2024, traçou o perfil das vítimas que mais procuram atendimento nas unidades. Entre elas, 58% possuem renda de até três salários-mínimos e cerca de 49% vivem em situação de moradia instável ou precária, o que pode intensificar a dependência econômica e emocional.

A maior parte das vítimas está na faixa etária entre 30 e 49 anos, é parda e 62% têm ensino médio completo, conforme amostra divulgada nesta terça-feira (16). As donas de casa aparecem em primeiro lugar entre as que buscam as unidades, seguidas por estudantes e estagiárias.

Em relação aos agressores, a maioria é de homens com quem mantiveram relacionamento: 62%. Desses casos, 41% envolvem relacionamentos estáveis que duraram de três a dez anos. 

Fonte: leiagora

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