O Ministério Público Federal (MPF) promoveu um encontro em Petrópolis, no Rio de Janeiro, para tratar da criação de um memorial no imóvel conhecido como Casa da Morte. O local funcionou como centro clandestino de tortura e assassinatos durante a ditadura militar no Brasil.
Em maio, a 4ª Vara Cível da Comarca de Petrópolis autorizou a transferência da posse do imóvel para a prefeitura, que está em processo de desapropriação para dar início ao projeto museológico. O objetivo é preservar a memória histórica e alertar para as violações de direitos humanos ocorridas no período.
Participaram da reunião representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Universidade Federal Fluminense (UFF), Secretarias Municipais de Turismo e Educação, Instituto Municipal de Cultura e o Grupo Pró-Memorial Casa da Morte. O encontro reforçou a importância de articular as etapas técnicas e estruturais do projeto entre o município e demais instituições envolvidas.
A coordenadora-geral de Políticas de Memória e Verdade do MDHC explicou detalhes do Termo de Convênio nº 1/2024 firmado com o município e do Termo de Execução descentralizada com a UFF, responsável pela elaboração do projeto. Pesquisadores da UFF apresentaram o andamento de estudos, a organização de seminário e a oferta de cursos para formar professores da rede municipal e guias de turismo, com o objetivo de prepará-los para atuar no futuro espaço de memória.
Também foram definidas providências como o envio de documentos pelas instituições participantes, a realização de cursos para o secretariado municipal e o agendamento de uma nova reunião técnica com as Secretarias de Educação e Turismo e a equipe da UFF.
Fonte: cenariomt