Na ocasião, os membros da facção encerraram o encontro sob ameaças, em uma clara demonstração de poder. A motivação seria de cunho político, já que a irmã de um dos investigados era pré-candidata a vereadora e a reunião teria sido interpretada como um ato eleitoral em razão da presença do secretário.
A partir do episódio, foi instaurado um inquérito policial. Com o avanço das investigações, a polícia identificou um grupo estruturado da facção criminosa atuando na região dos bairros Osmar Cabral, Jardim Liberdade e adjacências, em Cuiabá.
Um dos principais alvos é o dono de um time de futebol de Várzea Grande, apontado como líder do esquema criminoso, que movimentava milhões com tráfico de drogas, estelionatos e jogos ilegais.
De acordo com a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o suspeito recebia mensalmente 10% dos lucros de uma plataforma de apostas clandestinas, além de valores oriundos do tráfico de entorpecentes e de golpes aplicados em sites de compra e venda.
Ele também é apontado como um dos idealizadores do grupo criminoso que extorquia comerciantes em Várzea Grande e Rondonópolis, oferecendo uma suposta “segurança” em troca de pagamentos.
A operação deflagrada nesta quinta-feira (21) cumpre 38 ordens judiciais, com o objetivo de desarticular a atuação da facção criminosa envolvida em diversos crimes, como jogos de azar, estelionatos, tráfico de drogas e lavagem de capitais.
Foram expedidos 8 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva, 8 sequestros de imóveis e 12 bloqueios de contas e valores, que ultrapassam R$ 13,3 milhões.
As ações ocorrem em Cuiabá, Várzea Grande e Nova Odessa (SP).
Fonte: Olhar Direto
